Polícia encontra calcinhas na casa de suspeito de matar aluna da USP

24 de abril de 2025 às 06:29
Brasil

Foto: Reprodução

g1

Esteliano Madureira é apontado pela polícia como o homem que aparece no vídeo seguindo Bruna Silva. De acordo com a investigação, ele matou a vítima — Foto: Reprodução

Polícia Civil encontrou calcinhas na casa de Esteliano José Madureira, principal suspeito de matar Bruna Oliveira da Silva, na Zona Leste de São Paulo. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se a vítima também sofreu algum tipo de violência sexual.

Policiais ainda pediram à Justiça a decretação da prisão temporária de Esteliano, que não foi localizado no local. Até a última atualização desta reportagem, não havia uma decisão judicial sobre o pedido.

De acordo com a investigação, Esteliano é o homem que aparece no vídeo gravado por uma câmera de segurança perseguindo Bruna. A filmagem foi feita em 13 de abril, do lado de fora da estação de Metrô Corinthians-Itaquera.

corpo de Bruna foi encontrado no dia 17, num estacionamento da região. Estava seminu e com ferimentos, inclusive de queimaduras. A perícia da Polícia Técnico-Científica fez exames, e os laudos irão apontar se ela foi vítima de abuso sexual.

Peritos ouvidos pelo g1 disseram que a vítima tinha uma fratura numa vértebra do pescoço, o que sugere que pode ter sofrido um estrangulamento e morrido por asfixia. Também foram encontrados um saco plástico próximo ao cadáver. A causa da morte, no entanto, ainda não foi divulgada oficialmente pelas autoridades.

Tanto as calcinhas quanto um sutiã encontrado perto do corpo da vítima foram apreendidos e serão periciados. A polícia quer saber se as peças são de outras possíveis vítimas de Esteliano. Policiais estão verificando boletins de ocorrências na região para saber se mulheres registraram queixa contra ele.

Esteliano tem 43 anos e já teve passagem criminal anterior por roubo. O crime foi cometido em 2008, quando ele foi preso e se tornou réu no processo. Mas, durante o julgamento, a Justiça o absolveu e decidiu soltá-lo.

Esteliano José Madureira, de 43 anos, é procurado por ser suspeito da morte da estudante da USP Bruna Oliveira da Silva. — Foto: Reprodução

"Nossas equipes buscam localizar esse homem, que sabemos que é morador da região, mas não conhecia a vítima. Nos vídeos analisados, ele aparece seguindo a estudante. Depois, as imagens não mostram mais nada nem os dois. Suspeitamos que ele a agarrou e a levou para o local onde a matou", disse Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, ao g1.

A defesa do investigado não foi localizada para comentar o assunto.

Quem era Bruna

Bruna tinha 28 anos. Ela deixou um filho de 7 anos, fruto de um relacionamento anterior.

No dia em que sumiu, ela havia voltado da casa do atual namorado para a estação de Metrô. Dali, Bruna decidiu caminhar até a casa onde morava com o pai. O local fica 1 quilômetro distante dali. O corpo da estudante foi encontrado a 2 quilômetros da estação.

O celular da estudante não foi encontrado com ela. O DHPP suspeita que o telefone possa ter sido levado por Esteliano. Dois dias após o desaparecimento da mulher, o aparelho estava sendo usado, segundo a investigação.

Seu ex-marido, o atual namorado da estudante e a família dela foram ouvidos pela polícia. Segundo seus parentes, antes de desaparecer, a estudante estava na casa do namorado.

"Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque", falou Igor Rafael Sales, que namorava Bruna havia três meses. Ele mora no Butantã, na Zona Oeste da capital.

Bruna era formada em história pela Universidade de São Paulo. Fez mestrado no programa de história social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP em 2020.

Recentemente, ela tinha sido aprovada para o mestrado de pós-graduação em mudança social e participação política na mesma universidade.

Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia. E aí pergunto: Por que não fui eu? A dor seria bem menor. — Simone da Silva, mãe da estudante

Por meio de nota, a direção da EACH lamentou a morte de sua aluna: "A direção envia os sentimentos aos familiares e amigos".

Array ( [0] => Array ( [id] => 6 [nome] => Maceió [posicao] => 3 [slug] => maceio [status] => 1 ) [1] => Array ( [id] => 7 [nome] => Alagoas [posicao] => 6 [slug] => alagoas [status] => 1 ) [2] => Array ( [id] => 4 [nome] => Brasil [posicao] => 7 [slug] => brasil [status] => 1 ) [3] => Array ( [id] => 5 [nome] => Mundo [posicao] => 8 [slug] => mundo [status] => 1 ) [4] => Array ( [id] => 20 [nome] => Gospel [posicao] => 13 [slug] => gospel [status] => 1 ) [5] => Array ( [id] => 22 [nome] => Entretenimento [posicao] => 15 [slug] => entretenimento [status] => 1 ) [6] => Array ( [id] => 23 [nome] => Esportes [posicao] => 16 [slug] => esportes [status] => 1 ) ) 1