Crise nas UPAs de Alagoas expõe fragilidade do sistema de saúde pública do Estado

28 de janeiro de 2025 às 10:08
Alagoas

Foto: Reprodução

Redação

A saúde pública em Alagoas enfrenta um momento de intensa crise, com destaque para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que sofrem com cortes significativos nos repasses financeiros. A redução de recursos tem colocado gestores municipais em situações críticas, comprometendo o atendimento à população e gerando desgaste político para os prefeitos, que veem suas promessas de melhorias no setor ameaçadas.

As UPAs são pilares do sistema de saúde, operando como elo entre as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os hospitais. Contudo, sua manutenção está diretamente vinculada a um modelo de financiamento tripartite, que prevê a divisão de custos entre os governos federal, estadual e municipal. Apesar de idealizado para garantir a sustentabilidade do serviço, esse sistema vem mostrando fragilidades, especialmente diante da diminuição dos repasses estaduais, que têm gerado impactos diretos nas operações dessas unidades.

Em diversas cidades alagoanas, a crise é visível. A falta de recursos compromete a aquisição de insumos, a manutenção de equipamentos e o pagamento de salários dos profissionais de saúde, elementos essenciais para garantir um atendimento de qualidade. A população, que já enfrenta desafios no acesso à saúde, agora sofre ainda mais com a precarização do serviço, o que aumenta a insatisfação e pressiona os gestores locais.

Os prefeitos, por sua vez, se veem em um impasse. Sem o aporte financeiro necessário, as promessas de campanha para melhorar a saúde pública se tornam difíceis de cumprir. A pressão popular se soma à necessidade de articular soluções junto aos governos estadual e federal, enquanto o tempo para reverter a situação parece cada vez mais curto.