Fraude na cota de gênero no PDT de Marechal Deodoro pode levar à cassação de chapa com três vereadores eleitos
Redação
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Marechal Deodoro enfrenta suspeitas de fraude na cota de gênero durante as eleições de 2024, após denúncias envolvendo as candidatas Sonielly Moreira e Eliane da ONG. Ambas receberam R$ 5 mil do diretório nacional do partido, mas apresentaram resultados que levantam dúvidas sobre a real intenção de suas candidaturas e o cumprimento da legislação eleitoral.
Sonielly Moreira obteve apenas 24 votos e, em suas redes sociais, não há registros que demonstrem uma campanha ativa ou esforço real para conquistar o eleitorado. O mesmo ocorre com Eliane da ONG, que teve 20 votos e também carece de qualquer evidência de campanha eleitoral consistente.
Essas candidaturas "fantasmas" são apontadas como estratégia para cumprir formalmente a cota de gênero prevista na legislação eleitoral, que exige que pelo menos 30% das candidaturas sejam femininas. No entanto, na prática, essas candidaturas parecem ter servido apenas para maquiar o descumprimento da lei, o que caracteriza fraude eleitoral.
Uma ação semelhante contra o PDT em Maceió resultou em processo judicial que pode cassar toda a chapa do partido por fraude à cota de gênero. Caso a Justiça Eleitoral de Marechal Deodoro siga o mesmo entendimento, os três vereadores eleitos pelo PDT na cidade podem perder seus mandatos.