Bebê em Arapiraca sofre paralisia após injeção em UPA; família busca justiça

28 de novembro de 2024 às 15:09
Alagoas

Foto: Assessoria

Redação

Uma história que comove e indigna a população alagoana tem como protagonista uma menina de apenas um ano e 11 meses. Após receber uma injeção em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapiraca, no Agreste alagoano, a criança teve sua vida drasticamente alterada: perdeu os movimentos da perna esquerda.

De acordo com um laudo médico do Hospital Geral do Estado (HGE), a aplicação atingiu o nervo ciático da menina, causando uma lesão de 3,5 milímetros. A família da paciente, desesperançada, busca respostas e justiça.

O caso veio à tona após o pai da criança denunciar o ocorrido nas redes sociais. Em um vídeo emocionante, a menina aparece tentando em vão movimentar a perna paralisada, enquanto chora de dor. O pai relata que levou a filha à UPA no dia 11 de novembro, com sintomas de febre e vômito, e que a paralisia se manifestou logo após a aplicação da injeção.

Indignado com a situação, o pai voltou à UPA dias depois para questionar os profissionais de saúde, mas foi informado de que a paralisia não tinha relação com a injeção. Após passar por uma avaliação médica no HGE, a família recebeu a confirmação de que a lesão no nervo ciático foi causada pela aplicação incorreta da medicação.

Diante da gravidade do caso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que irá abrir um processo administrativo para apurar as circunstâncias do atendimento prestado à paciente. Uma comissão será formada para investigar o caso e ouvir todos os envolvidos. Caso seja constatada negligência ou erro médico, será aberto um processo disciplinar.

A família da menina, por sua vez, busca apoio jurídico para ingressar com uma ação contra o Estado e garantir que a criança receba o tratamento adequado e seja ressarcida pelos danos causados. A história da pequena paciente serve como um alerta sobre a importância de um atendimento de qualidade na saúde pública e a necessidade de responsabilização dos profissionais envolvidos em casos de negligência médica.