Segurança de empresário assassinado revela onde pegou kit de jóias em Maceió
Redação com Metropoles
O segurança Danilo Lima Silva forneceu à polícia uma pista crucial sobre a origem do kit de joias, avaliado em mais de R$ 1 milhão, que estava com o empresário Antônio Vinícius Gritzbach no momento em que foi executado na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última sexta-feira (8). Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi assassinado após retornar de uma viagem a São Miguel dos Milagres, em Alagoas.
Segundo depoimento prestado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Danilo relatou que, dois dias antes do retorno a São Paulo, recebeu ordens de Gritzbach para buscar o kit de joias na orla da Ponta Verde, em Maceió. O encontro foi combinado com um homem identificado apenas como Alan, que entregou o pacote em uma sacola preta, junto com um documento de origem.
De acordo com o segurança, Gritzbach teria solicitado as joias como parte do pagamento de uma dívida de R$ 2 milhões que ele cobrava de um homem não identificado. Esse indivíduo teria entrado em contato com o empresário após vê-lo desembarcar em Maceió no dia 1º de novembro, quando iniciou sua viagem a Alagoas.
Viagem e contexto do crime
Danilo estava em São Miguel dos Milagres acompanhando Gritzbach, o policial militar Samuel Tillvitz da Luz e a namorada do empresário, Maria Helena Paiva Antunes. O grupo viajou a lazer e permaneceu hospedado em uma pousada cujo nome não foi divulgado. No depoimento, Danilo afirmou que o empresário estava “alegre com a vida” durante a viagem, mas não deu detalhes sobre a rotina de Gritzbach ou da namorada.
Na sexta-feira (8), o grupo desembarcou em Guarulhos por volta das 15h20. Segundo Danilo, era esperado que o empresário fosse escoltado por quatro policiais militares em dois carros blindados: uma Amarok com blindagem nível 5 e uma Trailblazer com nível 3. No entanto, ao chegar ao aeroporto, foi informado pelo PM Leandro Ortiz que apenas a Trailblazer seria utilizada, já que a Amarok estava com problemas mecânicos.
Mesmo com a redução na segurança, Gritzbach aceitou o plano. Danilo afirmou que deixou o aeroporto momentaneamente para enviar sua localização aos agentes e, ao retornar, ajudou o empresário com as bagagens.
Investigações em curso
A origem das joias e a relação com a dívida de R$ 2 milhões estão sendo investigadas, assim como o papel dos envolvidos na logística da viagem e da escolta. O caso segue sob a análise do DHPP, que busca esclarecer os detalhes do assassinato e o contexto da entrega das joias.