Cinco policiais vão a júri popular por sequestro e morte de pedreiro Jonas Seixas
Redação
Após mais de quatro anos do desaparecimento e morte de Jonas Seixas, um julgamento aguardado pela família da vítima e pela sociedade começa nesta quarta-feira (13), em Maceió. Cinco policiais militares responderão pelo sequestro, tortura, homicídio e ocultação de cadáver do pedreiro, que desapareceu durante uma abordagem policial na Grota do Cigano, bairro Jacintinho, em outubro de 2020.
O júri popular, presidido pelo juiz Yulli Roter, acontece no Fórum do Barro Duro e está previsto para durar até a quinta-feira (14). Ao todo, serão ouvidas onze testemunhas, em uma tentativa de esclarecer os detalhes do caso e atribuir as responsabilidades dos acusados. Estão no banco dos réus os policiais Fabiano Pituba, Felipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima.
O caso
Jonas Seixas, de 33 anos, desapareceu após ser abordado por policiais militares em 9 de outubro de 2020, por volta das 15h45, na Travessa São Domingos, Grota do Cigano. De acordo com relatos da família, os agentes entraram na residência sem mandado de prisão e encontraram apenas a esposa de Jonas, que havia acabado de chegar do trabalho.
Seixas foi então levado para uma área de mata por trás de um motel em Jacarecica, onde, segundo investigações da Polícia Civil, teria sido torturado, agredido e ameaçado. As autoridades apontaram que a violência teria como objetivo obter uma confissão do pedreiro. Conforme a conclusão do inquérito, a vítima foi assassinada para que o crime de tortura não fosse revelado, e o corpo de Jonas nunca foi encontrado.