Espetáculo "Severinos: Morte e Vida" traz releitura contemporânea de clássico nordestino em apresentação gratuita no Espaço Armazém

05 de novembro de 2024 às 10:14
Cultura

Foto: Assessoria

Nos dias 12 e 13 de novembro, às 20h, o Espaço Armazém, localizado no histórico bairro de Jaraguá, receberá a estreia do espetáculo "Severinos: Morte e Vida". Sob a direção de Waneska Pimentel, o espetáculo é uma adaptação da obra-prima "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, e marca o encerramento do Módulo III da Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados pelo site Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/severinos-morte-e-vida/2721320) neste sábado, 9 de novembro, a partir de 12h.

A montagem traz a assinatura do Grupo Teatral Gajuru, parceiro da produção e responsável por inserir uma forte identidade local à narrativa. A peça resgata a essência da obra original ao abordar temas universais de desigualdade e luta, mas transporta o "Severino" para o contexto atual de Alagoas, criando uma ponte entre passado e presente. Com um enfoque nas vivências dos "Severinos" de hoje, a direção coloca em cena questões sociais e culturais que refletem o cotidiano dos alagoanos, tocando em dilemas que permanecem atuais.

A direção de arte de Alex Cerqueira contribui para o impacto visual do espetáculo, combinando figurinos e cenários que misturam referências culturais de Alagoas com toques contemporâneos.

Já na direção musical, o professor Rodrigo Cardoso, da Atto Academia de Arte e da Escola de Música Villa Lobos, dá vida a uma trilha sonora que resgata as raízes da música nordestina, incorporando influências modernas que dialogam com a proposta do espetáculo. 
Esse trabalho sonoro enriquece a narrativa, proporcionando ao público uma experiência sensorial imersiva que transcende o tempo e o espaço, unindo tradição e contemporaneidade.

"Severinos: Morte e Vida" reforça a força poética da obra de João Cabral, resgatando as discussões sobre identidade, resistência e pertencimento em uma Alagoas em constante transformação. Com uma narrativa que convida à reflexão sobre as adversidades e esperanças de trabalhadores e migrantes, a peça se torna uma expressão da luta por dignidade e justiça social.