Justiça condena três a mais de 40 anos por morte de auditor fiscal em Alagoas
Redação
Em um julgamento que durou quase 48 horas, três pessoas foram condenadas a mais de 40 anos de reclusão pela morte do auditor fiscal João de Assis Pinto Neto. O crime bárbaro, ocorrido em agosto de 2022, chocou Alagoas e teve desfecho na noite de sexta-feira (1º), quando o júri popular decidiu pela culpabilidade dos acusados.
Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo e Vinicius Ricardo de Araújo da Silva foram condenados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e, em alguns casos, corrupção de menor. As penas somadas ultrapassam 123 anos de prisão em regime fechado.
A vítima, um servidor público de longa data, foi encontrada morta em um canavial após realizar uma inspeção em um depósito de bebidas. As investigações apontaram que o crime foi motivado por uma tentativa de obstrução à fiscalização e teve requintes de crueldade, com a vítima sendo espancada, asfixiada, apedrejada e esfaqueada.
Acusados e suas penas
- Ronaldo Gomes de Araújo: Condenado a 41 anos e 23 dias de reclusão, além de pagar multa por ocultação de cadáver.
- Ricardo Gomes de Araújo: Condenado a 41 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, com multa por homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor.
- Vinicius Ricardo de Araújo da Silva: Condenado a 40 anos e 11 meses de reclusão, com multa por homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor.
Família envolvida e absolvições
Os três condenados fazem parte da mesma família, que era proprietária do estabelecimento fiscalizado pela vítima. A mãe e outro irmão dos condenados, Maria Selma Gomes Meira e João Marcos Gomes de Araújo, respectivamente, foram absolvidos das acusações.
O crime
O crime ocorreu em agosto de 2022, quando o auditor fiscal João de Assis, de mais de 60 anos, foi brutalmente assassinado após realizar uma inspeção em um depósito de bebidas. Seu corpo foi encontrado carbonizado e o veículo da Secretaria da Fazenda, que ele dirigia, foi localizado em um canavial.