Caso João Assis: viúva diz que achou estranho o marido não manter contato

31 de outubro de 2024 às 11:07
Justiça

Foto: Assessoria

Redação

O julgamento da família acusada do assassinato do auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz), João Assis Pinto Neto, teve início nesta quinta-feira (31) e está previsto para se estender até a noite de sexta-feira (1º). O caso, que tem repercutido no estado, envolve um total de 34 testemunhas, incluindo cinco representantes do Ministério Público, cinco assistentes de acusação, 19 da defesa, além dos cinco réus e outras testemunhas comuns.

A viúva de João Assis, em depoimento, descreveu o estranho comportamento do marido no dia do crime, relatando que o silêncio incomum a preocupou. "Eu comecei a ter um aperto no coração", contou. Ela relembrou que a filha insistia para que ligassem ao menos para o telefone institucional da Sefaz, mas, quando finalmente conseguiu contato, foi atendida por uma voz feminina, que disse ter encontrado o celular “no mato, vibrando”. Após solicitar que o aparelho fosse guardado, a viúva foi ao local indicado, apesar das preocupações do filho quanto à segurança da região. “Meu filho achava o local perigoso e não queria que eu fosse”, revelou.

Os réus no caso são Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo, João Marcos Gomes de Araújo, a mãe deles, Maria Selma Gomes Meira, e Vinícius Ricardo de Araújo da Silva. Eles respondem por acusações de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor, por envolverem um adolescente na limpeza do local do crime. A acusação baseia-se na gravidade e premeditação do crime, enquanto a defesa busca desqualificar as evidências e testemunhos.