Eleição é marcada por espiões e tentativa de influência externa
UOL
Estratégica e considerada um divisor de águas em termos geopolíticos, a eleição americana está sendo marcada por uma intensa atividade por parte de atores estrangeiros, tentando influenciar eleitores. Dados divulgados tanto pelo setor privado como pelo governo dos EUA indicam uma ofensiva digital por parte de China, Rússia e Irã.
Nesta semana, o FBI anunciou que está investigando a operação de hackers chineses que teriam realizado uma ofensiva contra os celulares de cerca de 40 pessoas. Entre eles, estariam o candidato republicano à presidência, Donald Trump, e seu companheiro de chapa, o senador JD Vance. Acredita-se, porém, que se trata de uma campanha de espionagem de longo alcance. Em um comunicado, o FBI confirmou que o governo dos EUA está "investigando o acesso não autorizado à infraestrutura comercial de telecomunicações por atores afiliados à República Popular da China".
Segundo o Centro de Análise de Ameaças da Microsoft, existem "esforços contínuos de influência da Rússia, do Irã e da China com o objetivo de minar os processos democráticos dos EUA".
Para os observadores, a história mostra que "a capacidade dos agentes estrangeiros de distribuir rapidamente conteúdo enganoso pode afetar significativamente a percepção do público e os resultados eleitorais".
Com um foco especial nas 48 horas antes e depois do dia da eleição, os eleitores, as instituições governamentais, os candidatos e os partidos devem permanecer vigilantes contra atividades enganosas e suspeitas on-line.