Mãe de adolescente morto em ação policial critica abordagem e pede justiça
Por redação
Moradores de Colônia Leopoldina bloquearam a BR-416 em protesto contra a morte de dois adolescentes após uma abordagem policial. Os jovens, de 15 e 16 anos, foram baleados durante a ação, e a mãe de um deles afirmou que seu filho levou cinco tiros. Ela questiona a conduta dos policiais e cobra investigação.
"A única arma que meu filho tinha era um facão de cana. Eles eram trabalhadores. Pegaram os corpos dos nossos filhos, e levaram para o hospital dizendo que eles estavam com vida. Não tem condições de eles estarem com vida. Eles deram cinco tiros no meu filho, um na cabeça e outros em pontos vitais. Foi realmente pra matar", disse a mulher.
Os manifestantes, junto com familiares, fecharam os dois sentidos da rodovia, causando filas e incendiando objetos para chamar atenção das autoridades. A Polícia Militar alega que os jovens estavam armados e atiraram contra os policiais durante a perseguição.
A família contesta essa versão, alegando que os adolescentes não tinham armas e eram trabalhadores. Testemunhas também relataram que os policiais removeram objetos e modificaram a cena antes da chegada da perícia.
"Outra coisa, tiraram a moto, o carro da polícia, e por que não deixou o IML chegar para fazer o trabalho deles? Queremos Justiça! Os nossos filhos não são assaltantes, tampouco marginais, para eles fazerem isso. Os policiais têm treinamento para agir numa forma dessa, é atirar num pneu, numa perna, causar o desequilíbrio, e fazer eles caírem. Mas não matar como eles fizeram, são assassinos", continuou a mãe.
O caso permanece sob análise, e o protesto continua sem previsão de término, com pedidos de investigação formal das mortes.