Professor é vítima de homofobia em faculdade de direito em Maceió
Por redação
A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) emitiu um comunicado nesta semana expressando repúdio contra atos de homofobia sofridos pelo advogado e professor Vitor Montenegro, coordenador da Faculdade de Direito da Uninassau de Maceió. Segundo o comunicado, Montenegro, que também é vice-presidente da Comissão de Ensino Jurídico da OAB/AL, foi alvo de discriminação em ambiente acadêmico.
O repúdio foi manifestado por Natália Von Sohsten, vice-presidente da OAB/AL, e Ingrid Dantas, presidente da Comissão de Ensino Jurídico da OAB/AL. Na nota, a OAB/AL afirmou ser inaceitável que instituições de ensino, cujo objetivo é promover o desenvolvimento do conhecimento jurídico, tornem-se palco para comportamentos discriminatórios. A Ordem ressaltou que tais atitudes são uma afronta ao Estado Democrático de Direito, que tem como princípio fundamental o respeito à dignidade humana.
A OAB/AL também reforçou seu compromisso de combater toda forma de preconceito, oferecendo apoio incondicional à comunidade LGBTQIA+. A instituição se comprometeu a acompanhar de perto o caso, garantindo que os responsáveis sejam identificados e punidos conforme a legislação vigente, ressaltando que homofobia é crime no Brasil.
Em resposta ao ocorrido, a Uninassau, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que, após tomar conhecimento do caso, abriu um processo disciplinar administrativo para investigar os fatos. A instituição destacou que está à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações e que tomará as medidas cabíveis após a conclusão do processo.
A denúncia de homofobia gerou reações imediatas tanto da OAB/AL quanto da Uninassau, que declararam não tolerar qualquer forma de discriminação dentro de suas esferas de atuação. A expectativa é que, com a apuração dos fatos, as providências necessárias sejam tomadas para coibir esse tipo de comportamento.
Confira a nota da Uninassau na íntegra:
"A UNINASSAU Maceió informa que ao tomar conhecimento do caso de homofobia contra um professor da instituição abriu um processo disciplinar administrativo e está a disposição da investigação policial. A universidade enfatiza que repudia todo e qualquer ato do tipo e, após a conclusão das investigações, tomará todas as medidas cabíveis previstas no regulamento da instituição."
A reportagem entrou em contato com a vítima, mas o professor preferiu não se manifestar. Já a unidade de ensino superior informou que só irá se manifestar por nota devido ao fato que o caso está em investigação.
*Matéria em atualização*