Morte de Elvis, casamento com Michael Jackson e corpo do filho em casa: as revelações do livro de Lisa Marie Presley

09 de outubro de 2024 às 15:36
Celebridades

Lisa Marie Presley, filha de Elvis — Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

g1

Lisa Marie Presley, a única filha de Elvis, morreu em janeiro de 2023 aos 54 anos. A herdeira do "Rei do Rock" viveu uma vida conturbada, incluindo quatro casamentos, luta contra a dependência química e a morte de um dos seus quatro filhos.

Essas e outras histórias são expostas em "From Here to the Great Unknown", livro co-escrito por Lisa e sua filha, a atriz Riley Keough. A obra será publicada no Brasil em fevereiro de 2025, pela Editora Rocco. Nos EUA, o livro já foi lançado e alguns dos principais relatos já foram revelados por Riley.

Em "From Here to the Great Unknown", Lisa detalha períodos difíceis de sua vida e casos curiosos como o casamento com Michael Jackson. Ela conta como foi o luto por seu pai e revela até que manteve o corpo de seu filho em casa após a morte.

Segundo Riley, o livro de memórias foi a primeira vez que Lisa Marie falou em detalhes sobre o dia da morte de Elvis.

Em entrevista à CBS News, a atriz contou que sua mãe viu Elvis pela última vez no pátio de Graceland, quando ele estava voltando do raquetebol e ela estava saindo para andar de carrinho de golfe. Ele disse que a amava e a abraçou.

"E ela falou 'boa noite' para ele e eu acho que ela sabia, ao dar boa noite. Acho que ela teve uma sensação muitas vezes de que ele não estava bem, sabe? Ela me dizia que, às vezes, ela o encontrava em seu banheiro parecendo meio fora de si ou segurando o corrimão para ficar em pé", contou Riley.

Anos depois, Lisa Marie encontrou uma cartinha que escreveu quando ainda era criança. "Um poema com o verso: ‘Espero que meu pai não morra'", descreve no livro.

Elvis Presley, Priscilla e Lisa Marie — Foto: Perry Aycock/AP

Elvis Presley, Priscilla e Lisa Marie — Foto: Perry Aycock/AP

Na obra, Lisa Marie revela que, na manhã do dia 16 de agosto de 1977, ela acordou e imediatamente soube que havia algo de errado.

A filha de Elvis descreve a sensação de ver milhares de fãs enlutados, entrando na casa com homenagens ao seu pai. De acordo com Lisa, ela estava "tão ocupada olhando para a dor de todos os outros" que demorou a sentir o seu próprio luto, o que só conseguiu fazer mais tarde naquele dia.

"Eu desci até onde ele estava deitado no caixão, só para estar com ele, para tocar seu rosto e segurar sua mão, para falar com ele. Eu perguntei a ele: 'Por que isso está acontecendo? Por que você está fazendo isso?'", escreveu.

Lisa Marie cresceu em Graceland, a icônica mansão de Elvis. Segundo a filha do Rei do Rock, a casa era um "vórtex sem regras".

Em gravações de áudio usadas para o livro, Lisa disse que, já adulta, voltava à casa para processar os sentimentos por ele. "Tentando viver o luto do meu pai; ainda está lá se eu for lá. Eu não necessariamente choro, mas ainda sinto toda a energia que está lá. Ela simplesmente ainda está lá".

Relacionamento com Michael Jackson

Lisa Marie se casou com Michael Jackson em 1994, em um relacionamento que durou dois anos. Ela tinha 25 anos e ele tinha 35. Em trecho divulgado pela revista "People", a filha de Elvis detalha como tudo começou.

“Michael disse, ‘Não sei se você notou, mas estou completamente apaixonado por você. Quero que nos casemos e que você tenha meus filhos'. Eu não disse nada imediatamente, mas então eu disse, ‘Estou realmente lisonjeada, não consigo nem falar.’ Naquela época, eu sentia que estava apaixonada por ele também.”

Segundo Lisa, quando os dois começaram a se envolver, Michael disse que ainda era virgem. "Eu acho que ele tinha beijado Tatum O'Neal, e ele teve uma coisa com Brooke Shields, que não tinha sido física, exceto um beijo. Ele disse que Madonna tinha tentado ficar com ele uma vez, também, mas nada aconteceu. Eu estava apavorada porque eu não queria fazer o movimento errado", completou.

Benjamin Keough, filho de Lisa Marie com o músico Danny Keough, morreu em 2020 por suicídio. Ele tinha 27 anos. No livro, Lisa detalha como Ben a lembrava de seu pai.

"Ben era muito parecido com o avô, muito, muito, muito, e em todos os sentidos. Ele até se parecia com ele. Ben era tão parecido com ele que me assustou. Eu não queria contar a ele porque achava que era muita coisa para uma criança. Éramos muito próximos. Ele me contava tudo", escreveu Lisa Marie.

"Ben e eu tínhamos o mesmo relacionamento que meu pai e sua mãe tinham. Era um ciclo geracional. Gladys amava tanto meu pai que bebia até a morte se preocupando com ele. Ben não tinha a mínima chance".

Após a morte de Benjamin, Lisa Marie e Riley vasculharam o telefone dele e descobriram que o jovem tinha problemas de saúde mental.

A perda do filho foi um baque muito grande para Lisa. Ela revela no livro que manteve o corpo de Benjamin em casa por dois meses, preservando-o com gelo seco até que estivesse pronta para se despedir.

“Minha casa tem um quarto em uma 'casinha' separada e eu mantive Ben Ben lá por dois meses. Não há nenhuma lei no estado da Califórnia que obrigue você a enterrar alguém imediatamente. Eu encontrei uma dona de funerária muito empática… Ela disse, ‘Nós levaremos Ben Ben até você".

Segundo Riley, Lisa também fez uma tatuagem na mão, igual à de seu filho. Para garantir que a marca fosse feita no exato mesmo local, ela levou o tatuador ao caixão de Benjamin em casa. "O tatuador disse, ok, você tem alguma foto? E ela disse, 'Não, mas eu posso te mostrar.'"

Após a morte, Lisa Marie foi enterrada ao lado de seu filho, Ben, no jardim de meditação em Graceland, onde Elvis também foi sepultado.