Ex-vereadora condenada pela Ficha Limpa é denunciada por calúnia contra tia de prefeita

30 de setembro de 2024 às 12:40
ESCÂNDALO

Foto: reprodução

Por redação

A crítica política ao vereador lajense Júnior Valença, feita em um grupo de whatsapp pela tia da prefeita de São José da Laje, Élia Pereira, provocou uma reação desproporcional da irmã do vereador, Carly Valença, mãe da candidata a vice-prefeita, Ravena de Neno, na chapa encabeçada pela sobrinha de Élia, Ângela Vanessa. Em dois áudios que Carly fez questão de viralizar nos grupos de zap da cidade e região, ela atacou violentamente a tia e os avós paternos da prefeita.

Em um dos áudios, Carly Valença sugere uma ameaça à Élia Pereira, afirmando textualmente que “vai à porta da casa dela”.  Élia registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia de polícia de São José da Laje e através de um advogado, está pedindo medida protetiva contra Carly, ex-vereadora condenada pela Lei da Ficha Limpa. “Também estou denunciando Carly por calúnia, infâmia e injúria racial”, informou a vítima. 

“As mentiras que ela falou de mim, estou aqui para me defender, mas é inadmissível as infâmias que ela disse contra meus pais, já falecidos, dois lajenses íntegros reconhecidos pela história da nossa cidade. Não se pode atacar a honra de quem não está mais aqui para se defender, de forma fútil, rasteira, medíocre”, ressaltou Élia. “Carly, seu irmão Júnior Valença, seu ex-marido Neno da Laje, acham que são os donos da Laje e do povo, não são, não podem ferir a honra das pessoas impunemente”, acrescentou.

Segundo Élia, ela tem recebido muitas ligações e mensagens de solidariedade e de advertência para que ela não se exponha. “Muita gente da Laje, de União, de Maceió, me dizendo para ter cuidado, porque eu estou processando pessoas violentas. Se alguma coisa me acontecer, saibam desde já que foram eles (Carly, Júnior e Neno). Sinto-me ameaçada, mas não vou me calar porque o povo da Laje precisa saber que nem sempre quem se diz líder é líder de fato, com consciência, honestidade, trabalho e compromisso público”, afirmou. 

“Quem vive de ofensas não pode liderar uma população”, disse Élia, assegurando: “Vou levar esse caso a todas as instâncias necessárias para que se faça justiça à memória de meus pais, sobretudo”. 

Logo após a divulgação dos áudios contra Élia, deixaram na porta dela um fardo de massa de cuscuz com um bilhete, “informando” que até a eleição ela receberia um “presente” como aquele, todos os dias. Em uma caminhada dos candidatos de Carly e Neno, pela rua onde Élia mora, tentaram provocá-la a sair de casa com xingamentos.