Por que Marlene Mattos, Luciana Vendramini e Diane Dantas não gravaram o documentário das Paquitas? Roteirista fala sobre as negociações

19 de setembro de 2024 às 07:45
Brasil

Foto: Reprodução

O Globo

— Foram várias tentativas. Eu falei, num primeiro momento, com o advogado da Marlene. Outras pessoas da empresa falaram com ele também. Ele tentou fazer essa ponte, mas ela decidiu não falar. Claro que é uma pena, porque, além de todas as questões que tocam nela no documentário, as questões mais sensíveis, ela faz parte da história. Eu tinha muita curiosidade de ouvi-la sobre essa trajetória inteira, lá do início. O primeiro episódio joga luz sobre o protagonismo dela no embrião de tudo aquilo, ao lado da Xuxa. Ao mesmo tempo, o documentário traz visões diferentes a respeito dela. A Fafy (Siqueira) aponta justificativas para a Marlene agir daquele jeito. Teve a Miriam, que é amiga da Marlene ainda hoje. Ela reconhece erros e acertos. Tentamos trazer visões variadas para dar um equilíbrio, mas claro que nada vai suprir a ausência dela — afirma ele.

Quem também não quis dar depoimento foi Luciana Vendramini. Ela sempre declarou ter sido Paquita e chegou a posar nua usando o conhecido figurino de assistente de palco. O documentário mostra que ela até fez testes, mas não conseguiu uma vaga no grupo.

— Foram muitos contatos. Luiz Barbará, produtor de conteúdo, ficou à frente desses contatos, mas infelizmente ela não topou — explica Martins.

Outra ausência foi a de Diane Dantas, Paquita New Generation (nova geração). A produção do Globoplay mostra quais teriam sido os motivos de sua saída do grupo. Em seu depoimento, Xuxa diz que perdeu completamente o contato com ela. Atualmente, Diane é advogada.

— Conversei muito com a Diane. Ela foi muito gentil nos nossos papos, agradeceu o convite, mas não quis dar entrevista. Ela tem uma vida muito reservada hoje, longe dos holofotes, e prefere se manter assim — diz o roteirista.

Andréa Sorvetão era uma figura muito aguardada pelos fãs no documentário, mas, por um momento, existiu a dúvida sobre sua participação. Isso porque ela e as outras Paquitas acabaram se afastando após atritos. Paulo Mario Martins revela os bastidores:

— Foi uma entrevista muito legal. Ela lembrou coisas bonitas da época, coisas divertidas e momentos de dor. Ela estava de coração aberto. Era importante tê-la ali, foi uma Paquita muito icônica de sua geração. Ela merecia ter esse espaço contado. Não fiz o contato inicial com ela, então, não sei dizer (o que se desenrolou até a confirmação), mas, ao menos na gravação, a gente não teve dificuldade alguma. No dia da estreia, falei por mensagem. Ela foi carinhosa e simpática. A impressão que eu tenho é que as questões pessoais e a História delas estão muito bem separadas.