Estudo aponta relação entre ácidos graxos no cordão umbilical e risco de autismo

06 de setembro de 2024 às 16:05
PESQUISA NO JAPÃO

Foto: reprodução

Por redação

Pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, identificaram uma possível ligação entre os níveis de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) no sangue do cordão umbilical e o risco de desenvolver Transtorno do Espectro Autista (TEA). Analisando 200 amostras, os cientistas notaram que níveis elevados do composto diHETrE estavam associados a dificuldades de interação social, enquanto níveis baixos se relacionavam a comportamentos repetitivos. A correlação foi mais significativa em meninas. O estudo sugere que medir esses níveis pode auxiliar no diagnóstico precoce e na prevenção do TEA, embora mais pesquisas sejam necessárias.

Os pesquisadores observaram que o diHETrE, quando presente em níveis elevados, estava associado a dificuldades nas interações sociais, enquanto níveis baixos do composto estavam ligados a comportamentos repetitivos e restritivos. A descoberta também indicou que essa relação era mais pronunciada em meninas do que em meninos, o que pode apontar para diferenças de gênero no desenvolvimento do autismo.

A equipe sugere que a medição dos níveis de diHETrE no nascimento pode servir como uma ferramenta para prever o risco de uma criança desenvolver TEA. Além disso, a inibição do metabolismo desse composto durante a gravidez pode abrir caminhos para estratégias de prevenção. Contudo, os cientistas enfatizam que mais estudos são necessários para confirmar os achados e investigar suas aplicações práticas.

O autismo, que afeta cerca de 1 em cada 100 crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um transtorno que apresenta uma ampla gama de condições relacionadas ao desenvolvimento cerebral. Embora algumas pessoas consigam viver de forma autônoma, muitas enfrentam desafios significativos e precisam de suporte ao longo da vida.

Essas descobertas foram publicadas na revista Psychiatry and Clinical Neurosciences e representam um passo importante na busca por novas formas de compreensão e manejo do autismo.

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