Ataque terrorista a tiros em praia de Sydney deixa 11 mortos durante celebração judaica
Por Francês News
Um ataque terrorista a tiros chocou a Austrália neste domingo (14), deixando um saldo trágico de 11 mortos e 11 feridos – incluindo dois policiais. O crime ocorreu na movimentada praia de Bondi, em Sydney, durante uma celebração do festival judaico de Hanukkah. As autoridades confirmaram a morte de um dos atiradores e a prisão de outro, que está em estado crítico.
O comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, classificou oficialmente o episódio como um "incidente terrorista". Em coletiva de imprensa, ele informou que 29 pessoas foram levadas a hospitais e que o estado de saúde de vários feridos, incluindo os policiais, é grave. A polícia ainda investiga a possibilidade de um terceiro suspeito envolvido.
O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, foi enfático ao declarar que "o ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney, no primeiro dia do Hanukkah". A afirmação reforça o caráter de ódio religioso que marcou a ação violenta.
Mike Burgess, diretor-geral da inteligência australiana (ASIO), afirmou que a agência analisa a identidade dos atiradores e investiga se há outras ameaças semelhantes na comunidade. Ele manteve o nível de alerta terrorista do país como "provável" – o que significa uma chance de 50% de um ato do tipo.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram o pânico durante o ataque, com pessoas correndo na praia ao som de tiros e sirenes. A polícia isolou a área e pediu que a população evitasse o local.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, descreveu as imagens como "angustiantes e chocantes" e elogiou a atuação da polícia, que atuou "para tentar salvar vidas". Em um comunicado no X, a polícia de Nova Gales do Sul orientou a população a obedecer a todos os bloqueios e ordens das autoridades.
O ataque choca ainda mais por ocorrer em um país onde mortes em tiroteios em massa são extremamente raras. O último grande massacre ocorreu em 1996, em Port Arthur (Tasmânia), quando 35 pessoas morreram. A tragédia levou a uma drástica reforma nas leis de controle de armas no país, tornando a posse muito mais restritiva.