Namoro de Milei com ex-vedete rouba a cena na Argentina
O Globo
Yuyito (seu verdadeiro nome é Amália, mas a apresentadora adotou o nome de um se seus personagens), de 64 anos, também ficou conhecida por seu curto casamento (de apenas quatro anos de duração) com Guillermo Coppola, durante muitos anos empresário que administrou a carreira do craque Diego Maradona. No ano passado, a ex-vedete começou a trabalhar como apresentadora de TV, e fez uma entrevista com o presidente, de 53 anos.
Nesse primeiro contato, quando Milei namorava Fátima Florez, uma atriz e imitadora também famosa na Argentina, Yuyito fez elogios ao chefe de Estado e nas imagens, agora repetidas inúmeras vezes por programas de TV locais, percebe-se uma atração entre ambos. Na época, a ex-vedete se referiu a Milei como “inteligente, ousado e interessante”.
Em abril, o presidente terminou sua relação com Fátima, e em meados de julho convidou Yuyito para uma ópera no Teatro Colón. A relação amorosa foi confirmada por ambos um mês depois, e Milei, segundo contou a apresentadora em seu programa, já conheceu seus três filhos (frutos de dois casamentos) e sua neta.
— Temos uma relação saudável, pura, linda, inocente, estamos nos apaixonando, muito. Somos namorados — disse Yuyito, que passou a ser assediada pela mídia local.
Na década de 1990, a ex-vedete negou rumores de uma relação com o ex-presidente peronista Carlos Menem (1989-1999), considerado por Milei o melhor presidente da História da Argentina. O suposto romance foi confirmado até mesmo por Coppola, mas a apresentadora continua negando ter tido qualquer tipo de vínculo com Menem, já falecido.
Milei ainda não falou muito sobre o namoro, mas já publicou fotos com Yuyito em suas redes sociais, seu principal canal de comunicação com seus seguidores. O presidente já levou a apresentadora a eventos oficiais, entre eles uma cerimônia na Bolsa de Comércio de Rosário, na província de Santa Fé. Nessa visita, Milei deu um beijo na boca de Yuyito, imagem que viralizou nas redes sociais do país.
O presidente argentino mantém uma popularidade que oscila entre 45% e 50%, uma das mais altas da região. O apoio da sociedade à gestão de Milei se deve principalmente, segundo analistas, à redução do ritmo de aumento da inflação — atualmente em torno de 4% ao mês . A economia continua mergulhada numa recessão, sem sinais de recuperação no horizonte.
Com esse pano de fundo, o governo argentino tenta manter o engajamento de seus seguidores com uma agenda de propostas que não precisem passar pelo Parlamento, onde o partido do presidente, A Liberdade Avança, depende de negociações permanentes. Em paralelo, a vida pessoal de Milei se transformou num elemento importante de sua comunicação e imagem.
A relação com Fátima foi capa de revistas e assunto frequente em programas de fofocas de rádio e TV. Agora, o namoro com Yuyito voltou a colocar a vida amorosa do presidente, que nunca se casou nem tem filhos, na agenda nacional.
— Não conheci o escritório presidencial. Esse é o trabalho de meu namorado, ele tem o seu e eu o meu — declarou a apresentadora de TV.
Há cerca de 20 anos, Yuyito abandonou a carreira de atriz e vedete e passou um bom tempo longe dos holofotes. Durante esse período, a apresentadora passou a frequentar uma Igreja evangélica, e incorporou a religião como um elemento central em sua vida. Em recente entrevista ao jornal La Nación, Yuyito revelou que foram anos difíceis, nos quais enfrentou apertos econômicos e teve de se reinventar.
Na mesma entrevista, comentou que reza todos os dias, vai a cultos e mudou radicalmente sua vida em função da religião. Já Milei é de família católica, e nos últimos anos se aproximou da religião judaica.
O namoro do presidente e da apresentadora de TV, considerada um símbolo sexual nos anos 1980 e 1990, é uma das poucas boas notícias que Milei teve para compartilhar com os argentinos nos últimos meses.