Irã diz que resposta ao assassinato do líder político do Hamas por Israel será 'definitiva e calculada'

26 de agosto de 2024 às 09:15
Mundo

Foto: Reprodução

O Globo

O Irã não busca aumentar as tensões. No entanto, não tem medo de que isso ocorra — disse Araqchi ao seu homólogo italiano por telefone. O ministro iraniano foi citado pela mídia estatal dizendo que a morte de Haniyeh foi "uma violação imperdoável da segurança e soberania do Irã".

Haniyeh foi assassinado no dia 31 de julho, após participar da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Tanto o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, quanto dirigentes do Hamas prometeram vingança. Na época, Khamenei escreveu que "o regime sionista criminoso e terrorista martirizou nosso querido hóspede em nosso território e causou nossa dor, mas também preparou o terreno para uma punição severa".

Em um comunicado em separado, Musa Abu Marzuk, um alto dirigente do Hamas, também condenou a ação que resultou na morte de Haniyeh, prometendo uma reação. "O assassinato do líder Ismail Haniyeh é um ato de covardia e não ficará impune", disse.

Relatos da imprensa iraniana apontam que o líder palestino foi morto em um ataque aéreo. Segundo a agência de notícias Fars, Haniyeh estava em uma residência para veteranos de guerra, na zona norte da capital do Irã, que foi atingida por um projétil aéreo. Além do palestino, também foi confirmada a morte de um segurança iraniano.

"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados," disse um comunicado no site de notícias Sepah.

Haniyeh, de 62 anos, comandava a operação política do Hamas a partir do exílio, no Catar. Há meses, ele era o principal interlocutor do grupo palestino nas negociações sobre um cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza. Países que atuam como mediadores lamentaram a morte do líder palestino e disseram que provavelmente comprometeria as conversas.