Em tom de despedida, Biden faz balanço, defende Kamala e critica Trump
Por redação com Metrópoles
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou por menos de uma hora na noite desta segunda-feira (19/8) na convenção do partido Democrata.
O evento vai até a quinta-feira (22/8) para firmar o nome de Kamala Harris e Tim Walz como candidatos a presidente e vice-presidente, respectivamente.
A tônica do discurso foi permeada por um balanço da gestão, enaltecimento aos feitos do governo, sempre ressaltando o papel de Kamala, atual vice-presidente, como uma das responsáveis pelos resultados alcançados. Biden disse ainda: “América, eu dei o meu melhor”.
O atual presidente iniciou a fala bastante emocionado, após ser aplaudido efusivamente. Ele lembrou o início do mandato com o ataque ao Capitólio, disse que os valores do país devem ser valorizados e a “democracia precisa ser preservada”.
“Eu acredito numa América onde a honestidade, dignidade e a decência ainda são importantes. Uma América onde cada um tem uma chance e o ódio não tem lugar seguro”, frisou.
O democrata afirmou estar mais esperançoso agora com a vitória e um possível bem-sucedido governo de Kamala do que quando ele assumiu a Casa Branca. “Nossos melhores dias não estão no passado, estão no futuro”, resumiu ao indicar uma passagem de bastão à atual vice dele.
Biden defende Class Média e critica Trump
Ao longo do discurso, o atual presidente dos EUA disse ser importante crescer “sem deixar ninguém para trás” em uma clara sinalização à classe média americana.
Na sequência, o democrata fez uma defesa dos resultados econômicos e sociais da gestão dele, mas sempre ressaltando a atuação de Kamala. Geração de emprego, controle da inflação e infraestrutura foram destacados por ele.
“Donald Trump prometeu uma infraestrutura melhor a cada semana por quatro anos, mas nunca construiu nada. Mas agora, graças ao que fizemos Kamala e eu, lembra o que a gente falou que a gente poderia conseguir fazer as coisas, a gente não conseguia aprovar as leis, tinha este medo, mas agora a gente está dando aos Estados Unidos uma infraestrutura de décadas, não de semanas”, criticou o republicano a quem classificou como “um condenado”.
Ainda direcionando acenos à classe média, o democrata levantou propostas para taxar os super ricos, continuar gerando empregos e promoção da saúde. Neste momento, lembrou a redução no preço do seguro saúde e de medicamentos, como a insulina para diabéticos.
Enquanto falava sobre o que considera feitos, ele atacou Trump. Ele alternou momentos em que citou nominalmente o adversário dos democratas com outros nos quais fez comparações sem nominá-lo.
Um dos pontos pelos quais os democratas têm sido mais criticados, a guerra na Faixa de Gaza, não foi esquecido pelo presidente, que disse acreditar na construção da paz na região.
“Nós vamos levar a paz e a segurança para o Oriente Médio”, afirmou. No entanto, até o momento, as iniciativas fracassaram. O democrata ainda usou a fala para dizer que os democratas têm capacidade de promover uma política internacional de equilíbrio e segurança para o mundo.
O chefe da Casa Branca finalizou dizendo que Kamala significa a preservação da democracia o que, disse ele, é o oposto de Trump.