Caso Marielle: ex-bombeiro vai a júri popular por atuação no crime

20 de agosto de 2024 às 07:59
CASO MARIELLE

Foto: reprodução

Por redação

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nessa segunda-feira (19/8), manter a prisão preventiva do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, além de enviá-lo para júri popular, por participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018.

Suel está preso desde julho de 2023, com base na delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz.

De acordo com o ex-PM, que confessou ter dirigido o veículo usado no crime, foi o ex-bombeiro quem conseguiu o carro clonado para o crime. Além disso, segundo Queiroz, ele teria atuado também no descarte do veículo após a morte das vítimas.

À Folha de S. Paulo, a defesa de Suel afirmou que analisaria a sentença antes de se manifestar.

Já o ex-bombeiro negou, durante interrogatório, ter tido contato com o veículo usado no crime. Disse também que não sabia do planejamento para a morte da vereadora, como afirmou Élcio.

Miliciano

O ex-bombeiro foi um dos milicianos que o ex-PM Ronnie Lessa, réu confesso de ser o executor da morte da vereadora e do motorista, eximiu de responsabilidade de crimes em sua delação premiada.

Em sua delação, Lessa afirma que Suel foi o responsável por disponibilizar o veículo usado para a emboscada, no entanto, aponta que não sabia quem seria um alvo.

Defesa usou depoimento de Lessa sobre morte de Marielle e Andreson

“Em momento algum ele soube da morte. Ele só soube da morte após o crime, horas depois. Horas não, talvez menos de uma hora depois”, disse ele à Polícia Federal.

Ainda segundo Lessa, Suel providenciou o carro com placa clonada para a execução de outro crime: a morte da então presidente da escola de samba Salgueiro Regina Céli. Porém, o crime acabou não sendo executado.

A defesa de Suel chegou a usar o depoimento de Lessa para tentar revogar a prisão do ex-bombeiro. O pedido, porém, foi negado por Kalil.

O ex-PM confirma, porém, o envolvimento de Suel na destruição do carro após o crime.

O ex-bombeiro já foi condenado sob acusação de ter lançado no mar armas que Lessa mantinha num apartamento.