Mulher é condenada por matar jovem após aplicação de silicone industrial no RS

09 de agosto de 2024 às 07:39
JUSTIÇA

Foto: reprodução

Por redação com CNN

O Tribunal do Júri de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, condenou uma mulher de 40 anos por homicídio com dolo eventual, nesta quinta-feira (8), pela morte de Mélani Danielly Aguiar Maia, de 20 anos. O nome da acusada não foi informado pelas autoridades.

A ré foi condenada a sete anos de prisão, com cumprimento inicial em regime semiaberto, por ter aplicado silicone industrial na vítima em agosto de 2020. Ela poderá recorrer em liberdade. Familiares da Mélani acompanharam o julgamento.

O promotor de Justiça Gustavo Burgos de Oliveira, responsável pela acusação, destacou que o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) sempre defendeu que ele representava risco de morte ao realizar o procedimento.

“Esta publicação servirá como uma espécie de símbolo para a nossa comunidade, um recado firme de que casos como este merecem a reprovação social”, afirmou o promotor.

Entenda o caso:

No dia 27 de agosto de 2020, um silicone industrial foi injetado em Mélani Maia, que morreu quatro dias depois em um hospital de Santa Cruz do Sul.

De acordo com a denúncia apresentada pelo MPRS em outubro do mesmo ano, a causa da morte foi “síndrome séptica secundária à injeção de silicone industrial”, decorrente de lesões causadas pela aplicação.

O procedimento foi realizado nas nádegas e no quadrilátero da vítima, em uma pensão onde Mélani estava hospedada. A acusada não possuía formação ou técnica profissional na área médica. Horas após a aplicação, a jovem passou mal e foi encaminhada ao Hospital Santa Cruz.

Durante o julgamento, o promotor Gustavo Burgos de Oliveira ressaltou que o silicone industrial utilizado é altamente nocivo à saúde humana, sendo originalmente destinado à limpeza de carros, peças de avião, impermeabilização de azulejos e revestimentos de vidros.