Influencer é acusado de desviar dinheiro para tratar paralisia cerebral de filha e usar com drogas

07 de agosto de 2024 às 08:42
POLÊMICA

Foto: reprodução

Por redação com Metrópoles

O influencer Igor Viana, suspeito de zombar da filha e de desviar doações feitas para a criança – que tem paralisia cerebral –, usava o dinheiro arrecadada até para o consumo de drogas.

Segundo a delegada que investiga o caso, Aline Lopes, os pais da menina de apenas 2 anos arrecadavam mais do que o necessário para o tratamento da garota.

O influenciador foi preso preventivamente Conforme afirmou a delegada Aline Lopes à época do início das apurações, Igor usava as redes sociais dele para compartilhar a rotina da criança e debochar da mesma.

A Polícia Civil de Goiás o prendeu na última sexta-feira (2/8), na capital goiana.

A defesa dele se disse surpresa com a prisão e disse que Igor colaborou com toda a investigação, já prestou esclarecimentos à autoridade policial e forneceu todos os documentos e objetos que foram solicitados.

De acordo com a delegada Aline Lopes, a Justiça autorizou a quebra de sigilo telefônico de Igor. Segundo ela, na análise do aparelho, a polícia conseguiu confirmar que o casal é usuário de drogas. Além disso, afirmou que eles tinham gastos incompatíveis com quem precisa de doações.

“Eles gastavam parte do valor arrecadado para o pagar por drogas”, afirmou a delegada ao g1.

“Nós tínhamos essa suspeita e podemos confirmar através do conteúdo dos celulares. Eles eram usuários de drogas e pagavam altos valores incompatíveis com que fala que está precisando de doações”, disse.
Ainda de acordo com a delegada, a Justiça também autorizou a quebra de sigilo bancário do casal, o que é analisado pela polícia. Segundo ela, o casal afirmou em depoimento que gastava cerca de R$ 5 mil com o tratamento da filha e a polícia suspeita que eles arrecadavam mais que esse valor.

“Quem não tem dinheiro não fica alugando hotéis, motel, pedindo [lanche delivery] todo dia”, destacou a investigadora.

A delegada afirma que eles tinham um padrão de vida elevadado. “Eles pagavam realmente o tratamento, mas suspeitamos dessa destinação diversa, o que será confirmado após análise das contas bancárias”, finalizou.