Furacão Beryl volta a ganhar força e toca o solo no México

05 de julho de 2024 às 09:32
Mundo

Cancún, em 4 de julho de 2024, antes da chegada do furacão Beryl — Foto: REUTERS/Paola Chiomante

g1

O furacão Beryl tocou o solo no México nesta sexta-feira (5), depois que voltou a ganhar força. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), o fenômeno voltou para a categoria 3.

A tempestade chegou à península mexicana de Yucatán durante a manhã. A região abriga a cidade de Cancún, que é famosa entre os turistas.

Segundo as autoridades, os ventos de Beryl ainda podem atingir 185 km/h. Nos últimos dias, o furacão provocou ao menos 11 mortes e um rastro de destruição pelo Caribe.

O México vem se preparando para a passagem do furacão. Hotéis e comércios foram fechados, enquanto algumas comunidades foram esvaziadas. Além disso, autoridades também retiraram ovos de tartaruga-de-pente das praias para proteger a espécie.

Francisco Bencomo, gerente de um hotel em Tulum, disse que espera o retorno de hóspedes apenas para o dia 10 de julho. Funcionários também ficarão em um abrigo emergencial para se protegerem.

“Esperamos que seja o menor impacto possível para o hotel e que não seja tão grave”, disse ele.
Previsão indica passagem do furacão Beryl pelo México — Foto: NHC
2 de 2 Previsão indica passagem do furacão Beryl pelo México — Foto: NHC

Escala

Segundo o NHC, o furacão Beryl perdeu força após a passagem pela Jamaica, sendo reclassificado para a categoria 3. Ainda durante a quinta-feira, o fenômeno desceu mais um degrau, indo para a categoria 2.

No entanto, ao avançar para o México, o furacão voltou para a categoria 3 na escala Saffir-Simpson. Veja abaixo como ela funciona:

  • Categoria 1: potencial de causar alguns danos, com ventos de 119 a 153 km/h. Pode causar danos ao telhado, quebrar galhos grandes de árvores e linhas de energia;
  • Categoria 2: potencial de causar grandes danos, ventos de 154 km/h a 177 km/h. Casas podem sofrer danos estruturais. Árvores são arrancadas e bloqueiam estradas. Interrupções de energia são frequentes;
  • Categoria 3: potencial de causar danos devastadores, com ventos de 178 km/h a 208 km/h. Grandes danos a construções. Muitas árvores serão quebradas ou arrancadas. Eletricidade e água podem ficar indisponíveis;
  • Categoria 4: potencial de causar danos catastróficos, com ventos de 209 km/h a 251 km/h. Casas podem ser derrubadas, assim como postes de energia, com prejuízos à rede por semanas ou meses;
  • Categoria 5: potencial de causar danos catastróficos, com ventos de mais de 252 km/h. Muitas casas serão destruídas, com colapso da parede e perda do telhado. Áreas residenciais ficarão isoladas. Potencial de áreas ficarem inabitáveis por semanas ou meses.