Cabo Bebeto critica descriminalização da maconha: "Só defende quem usa ou quem vende"

Na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta quinta-feira (27), o deputado estadual Cabo Bebeto (PL) se posicionou firmemente contra a descriminalização do uso da maconha, aprovada recentemete pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu discurso, o parlamentar apresentou diversas preocupações com a decisão, alertando para os riscos do aumento da dependência e do tráfico de drogas no Estado.

Cabo Bebeto iniciou sua fala destacando a seriedade do tema e a necessidade de um debate aprofundado sobre os impactos da descriminalização. Segundo ele, a maconha não deve ser banalizada, pois representa um perigo real à saúde pública e à segurança da sociedade. "A maconha é a porta de entrada para outras drogas mais pesadas", afirmou o deputado, citando estudos que comprovam essa relação.

O deputado também questionou a viabilidade da nova lei, ressaltando a dificuldade de se diferenciar o usuário do traficante. "Se um cigarro comum pesa em torno de 1 grama, imaginem o indivíduo andar com 40 cigarros de maconha alegando que é usuário", argumentou Bebeto. Ele ainda alertou para o aumento do número de viciados em regiões onde a droga foi liberada, citando pesquisas que indicam um crescimento de até 30% na demanda.

Cabo Bebeto fez questão de diferenciar a cannabis medicinal da maconha, ressaltando que se trata de duas questões distintas. "Quando a esquerda entra nesse debate, sempre colocam a cannabis medicinal no meio. São coisas totalmente diferentes. Querem aproveitar a oportunidade de uma coisa boa para liberar uma coisa ruim", criticou o deputado. Ele defendeu o uso da cannabis para fins medicinais, reconhecendo seus benefícios para pacientes com diversas doenças, mas condenou a utilização desse argumento como pretexto para a descriminalização da maconha recreativa.