Professor da Ufal denuncia ataques racistas e assédio moral por alunos de saúde

27 de junho de 2024 às 09:52
Alagoas

Reprodução

Redação

O professor Zurck, doutor em política, planejamento e gestão de educação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), denunciou na Polícia Federal ataques racistas e assédio moral por parte de estudantes da área da saúde da instituição. As ofensas teriam acontecido em um grupo no WhatsApp durante um diálogo sobre o fim da greve dos professores.

Em vídeo publicado nas redes sociais na quarta-feira (26), Zurck aparece ao lado da professora Valéria Correia na sede da PF, informando o registro do boletim de ocorrência contra os suspeitos. O caso, que se tornou público na segunda-feira (24), gerou grande repercussão na comunidade universitária.

"Nós iremos atuar dentro do rigor da lei, tanto na Justiça civil quanto também administrativamente na universidade, acionando a corregedoria da instituição para que tome as devidas providências. Sempre lutando por uma sociedade antirracista e democrática", declarou Zurck.

O professor também informou que prestará depoimento na Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis, na capital alagoana.

No dia 24, Zurck publicou capturas de tela dos ataques que sofreu no grupo de estudantes de saúde da Ufal no WhatsApp. Durante a tentativa de diálogo sobre o fim da greve, os alunos o chamaram de "vagabundo" e disseram que ele "viraria mendigo" se fosse exonerado.

As ofensas racistas no grupo começaram após um dos participantes compartilhar o link do perfil institucional de Zurck no SIGAA (Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas), incluindo os valores recebidos pelo docente no portal da transparência.

A Universidade Federal de Alagoas ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.