Veja como funcionava o esquema de devido de dinheiro público da SSP

26 de junho de 2024 às 15:45
Polícia

Foto: Cortesia

Redação

Na manhã desta terça-feira (25), uma ação da Operação Oplatek resultou na prisão de uma agente da Polícia Civil (PC) e seis de seus familiares. A servidora, que ocupava o cargo no setor financeiro da Delegacia Geral, está no centro de um esquema de desvio de verbas públicas desde 2014. Além dela, foram presos seu marido e seu irmão, ambos sargentos da Polícia Militar (PM), uma irmã que é estagiária do Ministério Público do Estado (MPAL) e outros três membros da família.

O delegado Igor Diego, diretor da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACCO), detalhou o funcionamento do esquema fraudulento. Segundo Diego, a agente inseria dados no sistema da Polícia Civil e cadastrava seus familiares para receberem verbas destinadas à alimentação, porém, em valores superiores aos que são normalmente repassados aos policiais. "Ela cadastrava pessoas da família para receber a verba em um valor acima do que é repassado normalmente para os policiais", explicou o delegado.

Entre os beneficiários do esquema estavam o marido da agente, três irmãos, a avó de 85 anos, a mãe, além de um tio, uma tia e o irmão do marido. Em apenas cinco meses de investigação, a polícia descobriu um desvio de aproximadamente R$ 1 milhão. Estima-se que, ao longo dos 10 anos de fraude, o prejuízo aos cofres públicos tenha alcançado R$ 7,5 milhões.

A investigação, conduzida por uma comissão de delegados, revelou uma movimentação financeira suspeita, principalmente nas contas da agente e de seu marido. O delegado João Marcello destacou que os parentes recebiam os valores desviados, os quais eram posteriormente transferidos de volta para a conta do casal. "Os parentes recebiam os valores e eles retornavam para a conta do casal. Ela iniciou essa atitude ilícita há cerca de 10 anos e vinha aumentando o fluxo de dinheiro desviado ao longo do tempo", afirmou Marcello.

A Operação Oplatek segue em andamento, e as autoridades continuam trabalhando para identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema fraudulento.