MPF vistoria Complexo Turístico do Gunga, na cidade de Roteiro

28 de maio de 2024 às 17:28
FISCALIZAÇÃO

Foto: reprodução

Por redação

O Ministério Público Federal (MPF) realizou na manhã desta terça-feira (28) uma vistoria no Complexo Turístico do Gunga, localizado no município de Roteiro, Alagoas. A ação teve como objetivo coletar informações para embasar um inquérito civil sobre a regularidade ambiental da Fazenda Gunga.

A vistoria foi coordenada pela procuradora da República Juliana Câmara, que se concentrou nos embargos mais recentes realizados pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) em março deste ano. Na ocasião, o restaurante do mirante do Gunga e a construção de uma pousada foram autuados e embargados por falta de licenciamento ambiental.

O MPF identificou um histórico de irregularidades ambientais no Complexo Turístico do Gunga desde 2016. Em 2016 e 2017, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado para regularizar a situação, mas o IMA cancelou o compromisso por descumprimento do empreendimento.

O Complexo Turístico da Praia do Gunga abriga mais de 400 atividades comerciais, distribuídas entre a área próxima à praia e o Complexo Mirante do Gunga, que conta com um mirante, um restaurante e lojas de artesãos e comerciantes locais. O embargo do IMA isolou todo o Complexo Mirante do Gunga, prejudicando tanto comerciantes quanto turistas.

O empreendedor informou que 80% dos TACs firmados com o IMA em 2016 e 2017 foram cumpridos, exemplificando com a recuperação de área de restinga, o projeto de educação ambiental, trilha com sinalização e a implantação de um PRAD (Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas).

A procuradora Juliana Câmara ressaltou que o IMA é o órgão de fiscalização ambiental e que os requisitos exigidos precisam ser cumpridos para que os licenciamentos sejam obtidos e que o complexo precisa se adequar para manter o funcionamento. “O MPF continuará atuando para exigir as adequações ambientais. Realizaremos uma reunião com a participação do IMA e da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para que solucionem a questão dos comerciantes do mirante, no perímetro além do restaurante embargado, assim como para compreendermos as pendências relacionadas aos licenciamentos”, concluiu Juliana Câmara.

A vistoria do MPF visa garantir a conformidade ambiental das atividades desenvolvidas no Complexo Turístico do Gunga e assegurar que as medidas corretivas sejam devidamente implementadas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a comunidade local.