Trabalhadores alagoanos denunciam condições análogas à escravidão no Espírito Santo
Redação
Um grupo de trabalhadores alagoanos que buscavam uma vida melhor em uma fazenda de café em Brejetuba, no interior do Espírito Santo, se viu em situação análoga à escravidão, denunciando péssimas condições de trabalho e cárcere privado.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma mulher, cercada por outros trabalhadores, relata o sofrimento do grupo. Vindos de Penedo, no Baixo São Francisco, eles foram enganados com promessas de trabalho digno, mas ao chegarem na fazenda, se depararam com a dura realidade: falta de café para colher, ameaças do dono da propriedade, dívidas impagáveis e condições precárias de moradia e alimentação.
A dívida com o empregador, que já chega a quase R$ 11 mil, se torna um ciclo vicioso, pois sem café para colher, os trabalhadores não têm como saldá-la. A fome e a insalubridade marcam o dia a dia do grupo, que se sente acuado e sem liberdade.
Além da exploração financeira, os trabalhadores relatam sofrimento físico e psicológico. Picadas de insetos, água contaminada e falta de higiene são apenas alguns dos problemas que enfrentam. A caixa d'água suja, filmada por um dos trabalhadores, é um símbolo da negligência e do descaso com a saúde dos indivíduos.