Engenheiro luta na Justiça para ampliar indenização de R$ 10 mil que Latam foi condenada após morte de cão entre SP e Aracaju

29 de abril de 2024 às 11:03
Brasil

O engenheiro Giuliano Conte e o cão Weiser, que viajava de Guarulhos (SP) para Aracaju (SE), mas morreu por asfixia no trajeto. — Foto: Arquivo pessoal

g1

O engenheiro Giuliano Conte e o cão Weiser, que viajava de Guarulhos (SP) para Aracaju (SE), mas morreu por asfixia no trajeto. — Foto: Arquivo pessoal

Contemplado com uma reparação judicial de R$ 10 mil pela morte do cão Weiser, em 2021, durante um voo da Latam entre Guarulhos (SP) e Aracaju (SE), o engenheiro civil Giuliano Conte luta na Justiça para ampliar o valor indenização.

Weiser era da raça american bully e tinha embarcado num voo da Latam Cargo em 14 de outubro daquele ano em perfeitas condições de saúde, mas chegando morto ao aeroporto da capital sergipana.

Na época, Giuliano Conte e a esposa Nathalia Conte – grávida de três meses – estavam de mudança para Sergipe. Os dois ficaram muito abalados com a perda do cão e processaram a companhia aérea no ano seguinte.

No ano da morte, o animal tinha cerca de quatro anos. O laudo veterinário apontou que o pet morreu por asfixia, após roer parte da caixa de madeira (kennel) em que era transportado no avião.

Indenização de R$ 10 mil

O engenheiro Giuliano Conte, a esposa Nathália e o cão Weiser, que viajava de Guarulhos (SP) para Aracaju (SE), mas morreu por asfixia no trajeto. — Foto: Acervo pessoal

Em outubro de 2023, a juiz Laurence Mattos, da 3ª Vara Cível da capital paulista, condenou a empresa a pagar R$ 10 mil de indenização ao casal, à título de danos morais.

Porém, os tutores do animal consideraram o valor muito baixo para todo o sofrimento imputado à vida deles naquele momento de mudanças e gravidez da esposa.

Giuliano Conte pede que o Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP) reveja a decisão e condene a Latam ao pagamento de R$ 52 mil. O caso ainda não foi apreciado pelos desembargadores da Segunda Instância.

O cão Weiser, da raça american bully, que tinha quase quatro anos de idade. — Foto: Acervo pessoal

Dor revisitada

morte do cão Joca na semana passada, segundo o engenheiro, fez ele e a família revisitarem todo o drama vivido três anos atrás em Aracaju.

“Nós esperamos que um dia as companhias aéreas tenham consciência da dor que eles causam para a gente, porque parece que eles não têm e não se importam com isso”, afirmou Conte.

Atualmente, o filho da Guiliano e Nathália tem 1 ano e 11 meses de idade. Mas a dor daqueles dias fez com que a família desistisse de adotar um novo animal de estimação.

O engenheiro Giuliano Conte e o cão Weiser, em 2021. — Foto: Acervo pessoal

O que diz a Latam

Procurada pela reportagem, a Latam disse, por meio de nota, que, em 2021, “suspendeu por dois meses a venda de transportes de PETs para aprimorar a sua política e implementar novas restrições e protocolos para a prestação deste serviço”.

A empresa também declarou que o episódio com o cão Weiser fez a empresa reajustar as condutas para o transporte de animais e as novas diretrizes estão disponíveis no site da companhia.

“Adicionalmente, em 2024, a LATAM Brasil também suspendeu a exigência de peso máximo de até 7 quilos para animais na cabine dos aviões. Agora, todos os PETs podem embarcar na cabine desde que consigam ficar em pé e se movimentar naturalmente sem tocar as paredes ou o teto de uma bolsa ou caixa de transporte com até 25 cm de altura, 28 cm de largura e 40 cm de comprimento”, afirmou a empresa em nota.

O engenheiro Giuliano Conte, de 29 anos, dono do cão Weiser, que viajava de Guarulhos (SP) para Aracaju (SE) mas morreu por asfixia durante o trajeto — Foto: Acervo pessoal

Weiser era um cachorro da raça american bully, que possui porte físico forte e atlético. Os especialistas afirmam que o cão é uma das variações da família dos pitbulls, se destacando por ser muito leal ao dono.