Falsa médica presta depoimento à Polícia e diz que atuava como nutróloga há nove anos
Por redação
Uma mulher identificada como Helenedja Oliveira, que atuava como nutróloga em Maceió sem ser médica, foi indiciada pela Polícia Civil por exercício ilegal da medicina. Em depoimento à polícia, Helenedja afirmou que atuava na área há nove anos e cobrava até R$ 450 por consulta em um consultório montado em um centro de saúde da Jatiúca.
Apesar de ter sido detida para prestar depoimento, ela foi liberada em seguida e responderá ao processo em liberdade. O inquérito policial foi encaminhado à Justiça nesta quarta-feira (17).
O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) por médicos que identificaram a irregularidade. A delegada Luci Mônica, responsável pelo caso, relata que Helenedja chegou a afirmar ter especialização em oncologia metabólica.
"Ela disse que era médica e que trabalhava há nove anos como nutróloga e que tinha especialização em oncologia metabólica", afirmou a delegada.
A nutrologia é uma especialidade médica que exige formação em medicina. O nutrólogo diagnostica, previne e trata doenças relacionadas à nutrição, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
Após a denúncia do CRM, uma equipe de policiais foi ao consultório de Helenedja e comprovou o exercício ilegal da medicina.
“Nossos policiais foram lá e constataram que ela realmente estava atuando. Cheguei a pedir diploma, foto, chegou a hora que eu não tinha mais o que pedir: ‘Me mostra uma foto de formatura, qualquer coisa que prove que a senhora de fato é médica'. Ela não tinha absolutamente nada para provar”, relatou a delegada Luci Mônica.
O caso segue na Justiça, onde Helenedja responderá pelo crime de exercício ilegal da medicina. A pena para este crime pode variar de um a cinco anos de prisão, além de multa.