Falsa médica presta depoimento à Polícia e diz que atuava como nutróloga há nove anos

18 de abril de 2024 às 09:05
POLÊMICA

Foto: reprodução

Por redação

Uma mulher identificada como Helenedja Oliveira, que atuava como nutróloga em Maceió sem ser médica, foi indiciada pela Polícia Civil por exercício ilegal da medicina. Em depoimento à polícia, Helenedja afirmou que atuava na área há nove anos e cobrava até R$ 450 por consulta em um consultório montado em um centro de saúde da Jatiúca.

Apesar de ter sido detida para prestar depoimento, ela foi liberada em seguida e responderá ao processo em liberdade. O inquérito policial foi encaminhado à Justiça nesta quarta-feira (17).

O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) por médicos que identificaram a irregularidade. A delegada Luci Mônica, responsável pelo caso, relata que Helenedja chegou a afirmar ter especialização em oncologia metabólica.

"Ela disse que era médica e que trabalhava há nove anos como nutróloga e que tinha especialização em oncologia metabólica", afirmou a delegada.

A nutrologia é uma especialidade médica que exige formação em medicina. O nutrólogo diagnostica, previne e trata doenças relacionadas à nutrição, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.

Após a denúncia do CRM, uma equipe de policiais foi ao consultório de Helenedja e comprovou o exercício ilegal da medicina.

“Nossos policiais foram lá e constataram que ela realmente estava atuando. Cheguei a pedir diploma, foto, chegou a hora que eu não tinha mais o que pedir: ‘Me mostra uma foto de formatura, qualquer coisa que prove que a senhora de fato é médica'. Ela não tinha absolutamente nada para provar”, relatou a delegada Luci Mônica.

O caso segue na Justiça, onde Helenedja responderá pelo crime de exercício ilegal da medicina. A pena para este crime pode variar de um a cinco anos de prisão, além de multa.