CPI da Braskem pode provocar afastamento de Renan Filho do ministério dos Transportes
Por Berg Morais
A atuação da CPI da Braskem pode até não ter um desfecho esperado para as vítimas, mas pode provocar o afastamento de Renan Filho (MDB) primeiro-escalão do governo Lula (PT). O atual titular do ministério do Turismo foi governador de Alagoas no momento em que o afundamento de bairro foi detectado.
Renan Filho deverá ser convocado para depor, e terá de explicar durante as oitivas o porque de não ter atuado para impedir que as minas de extração de sal-gema continuassem em funcionamento mesmo com os bairros da Capital afundando. O ex-governador é acusado por seus adversários políticos de ter feito “vista grossa” no caso, já que a Braskem bancou algumas de suas campanhas políticas.
O fato de ser investigado na CPI da Braskem pode ser uma atenuante para que o Palácio do Planalto exonere Renan Filho do cargo de ministro dos Transportes para que ele não leve desgaste para a gestão petista, já que a Petrobras é uma das principais acionistas da Braskem.
Diante desse imbróglio, o senador Renan Calheiros optou em adotar o silêncio, principalmente após acusar publicamente o presidente da CPI, senador Omar Aziz, de ter sido “domesticado”. A fala do alagoano irritou Aziz, que pode acabar descontando sua fúria durante as oitivas de Renan Filho.