Ministros vão ao Acre nesta segunda e viagem terá foco na população indígena

04 de março de 2024 às 07:17
Enchente Histórica

Foto: Reprodução Internet

A comitiva do governo Lula (PT) que viajará pelo no Acre nesta segunda-feira (4) encontrará os rios que cortam o estado subindo a cada dia e um intenso trabalho de voluntários para limpar a lama dos locais onde as enchentes já deram uma trégua.

Neste domingo, o Rio Acre bateu sua terceira maior cheia da história depois de alcançar 17,68 metros, ou seja, a apenas 72 centímetros de superar a marca máxima registrada em 2015, de 18,40 metros.

A previsão é de sair às 7:00 da manhã de Brasília e chegar em Rio Branco às 8:30 do horário local, duas horas a menos que Brasília. O roteiro da viagem obtido pela CNN mostra que o primeiro destino será Brasileia, cidade símbolo da tragédia com 80% do território invadido pela água.

Depois de passar por diversas ruas, os ministros chegarão ao bairro Leonardo Barbosa, terra da tribo indígena dos Jaminauás e 186 pessoas tiveram que deixar suas casas depois do bairro perder a conexão por terra com o Acre e se aproximar mais da Bolívia. Autoridades locais contam que o bairro “virou uma ilha” com a alta dos rios, obrigando o uso de barcos pra levar remédios e comida. Quando a água baixou surgiu uma cratera no local, intransponível para carros. O bairro segue no escuro e a prefeitura iniciou um trabalho de reparo provisório da pavimentação.

Às 14:30, os ministros devem chegar a um abrigo, desta vez, no Parque da Exposição na capital, Rio Branco. No local ainda está prevista uma entrevista coletiva com a imprensa. Meia hora depois devem visitar outro abrigo, voltado à população indígena. De lá fazem reunião com autoridades e voltam pra Brasília às 18:00.

De acordo com a base de dados do IBGE, a população indígena representa menos de 4% do total de pessoas que vivem no Acre. No último censo, dos 803 mil que vivem no estado, cerca de 31,7 mil se declararam indígenas.

A visita terá o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além de duas autoridades federais, dois senadores e duas deputadas federais.

Fonte: Portal CNN (www.cnn.com.br)