Escândalo: Klécio Santos, presidente da Pindorama, é acusado de usar Cooperativa para financiar campanha eleitoral do filho
Por redação
Um documento de 14 páginas com farto material probatório expondo um escândalo na gestão de Klécio Santos na Cooperativa Pindorama foi entregue ao Ministério Publico Estadual (MP) e ao Conselho Fiscal representado por Robson Pereira da Silva, Pedro Epson da Silva e Clovis Farias Filho.
O prefeito do município de Viçosa, João Victor Calheiros e seu irmão João Paulo são apontados como os principais beneficiários do esquema. Repasses financeiros foram feitos para entidades culturais, grupos de cavalgada e a própria prefeitura de Viçosa. De acordo com os dados apresentados, os valores transferidos sugerem um padrão, e variam entre R$ 20 mil e R$ 1 mil.
Patrocínios questionáveis
Dentre os documentos apresentados ao Conselho Fiscal, destacam-se ofícios e e-mails solicitando patrocínios para eventos culturais e esportivos em Viçosa, cidade que não está no território da cooperativa Pindorama.
Há indícios de favorecimento a eventos ligados à família do presidente, como a quadrilha junina Cheiro de Amor, organizada por Cícero Thiago do Nascimento Cavalcante, e a cavalgada dos Gêmeos, promovida com o intuito de homenagear os filhos de Klécio Santos.
A denúncia ressalta a falta de transparência nos atos administrativos da cooperativa e a ausência de prestação de contas sobre a aplicação dos recursos. Os beneficiários dos patrocínios não demonstraram como a marca Pindorama foi promovida em seus eventos, levantando suspeitas sobre a real finalidade dos repasses financeiros.
Interesses políticos em jogo
O escândalo ganha contornos mais graves diante do contexto político, especialmente durante a campanha eleitoral de João Victor Calheiros em Viçosa e de João Paulo do Klecio, ambos filhos de Klécio Santos. Os documentos sugerem uma relação direta entre os repasses financeiros da cooperativa e os interesses políticos da família Santos, comprometendo a integridade da instituição.
As investigações agora estão em curso do Ministério Público Eleitoral e o pedido ao Conselho Fiscal tem prazo de 10 dias para fornecer documentos complementares, que começou a ser contado no dia 21 de fevereiro do corrente ano, para que sejam esclarecidos esses gastos.