Privatização da Casal traz herança maldita para Maceió e Região Metropolitana

22 de fevereiro de 2024 às 10:54
Entenda

Foto: Reprodução Internet

Por Redação

 

A insatisfação com a falta d'água nos conjuntos Jarbas Oiticica e Antônio Lins, em Rio Largo, região metropolitana de Maceió, levou os moradores a bloquearem os dois sentidos da BR-104 em um protesto que já passou das 20 horas, causa um congestionamento de quilômetros na região e não há previsão para o fim do protesto.

Os manifestantes, que utilizam pneus, galhos de árvores e até fogo para bloquear a rodovia, relatam que a falta de água persiste há pelo menos três meses. A situação do bastecimento de água não é de hoje, se agravou após a privatização da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) no governo Renan Filho, em 2020. Foram R$ 2 bilhões que se reverteram em prejuízo para a população.

Além disso, as agências de regulação e fiscalização do Estado cruzaram os braços, e não há nenhum tipo de sanção ou advertência para a empresa. 

O protesto em Rio Largo é um exemplo dos desafios da privatização da Casal, que prometia investimentos e melhorias no serviço de abastecimento de água, mas que, na prática, tem gerado insatisfação em diversas cidades da região metropolitana.

Em nota, a BRK Ambiental, empresa responsável pelo abastecimento de água em Rio Largo, negou que haja problemas na estação que fornece água para os conjuntos Jarbas Oiticica e Antônio Lins. A empresa afirma que equipes operacionais estão em campo em busca de vazamentos e possíveis irregularidades.