Equipe de Michelle Bolsonaro esclarece sobre adereço encontrado em embaixada e desmente email do Itamaraty

12 de agosto de 2023 às 18:17
Em caso investigado pela PF

Foto: Reprodução

Por redação com assessoria

A assessoria da ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro (PL), esclareceu, através de uma nota divulgada neste sábado (12), que joias que teriam sido esquecidas na embaixada brasileira em Londres, em caso investigado pela Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não pertencem à Michelle e desmente email do Governo Federal.

De acordo com a nota, a comitiva do ex-presidente havia recebido um embrulho e, devido ao movimento acelerado na visita, a comitiva recebeu o item num "gesto de consideração", levando-o para a embaixada brasileira. No entanto, após verificar o embrulho, constataram que se passava de um adereço de pescoço com uma solicitação para que fosse entregue ao  Príncipe Charles.

Ao elaborar sobre as suspeitas de que o item pertencia à ex-primeira dama, a nota aponta que algum membro
da comitiva responsável pela checagem dos aposentos (ESCAV), teria pegado o embrulho e trazido para o país após assumir que o adereço seria de Michelle Bolsonaro.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre o adereço artesanal (bijuteria) encontrado na Embaixada
do Brasil em Londres que NÃO É “joia esquecida por Michelle
Bolsonaro” como foi, equivocadamente, relatado em e-mail e
divulgado pela imprensa.

Primeiramente, queremos salientar que não houve joias pertencentes à sra. Michelle
Bolsonaro “esquecidas” na Embaixada do Brasil em Londres, até porque, devido ao
esquema de segurança do evento, houve restrição de uso de alguns tipos de joias e
adereços, o que limitou a quantidade e o tipo de itens levados pela comitiva e pela
ex-Primeira-Dama na viagem o que, por um lado, facilitou a conferência de itens
particulares. O e-mail/relatório de passagem de serviço foi, portanto, redigido de forma
totalmente equivocada ao supor que se tratava de algo pertencente à sra. Michelle,
conforme poder-se-á constatar a seguir.


Ao que tudo indica, o autor do e-mail/relatório se referiu a um embrulho que teria
sido entregue em Londres a uma das assessoras da Primeira-Dama, durante a rápida
dinâmica de deslocamento e comparecimento da comitiva aos eventos, por uma
pessoa que, salvo engano, se encontrava na multidão próxima ao local por onde
passaria o casal presidencial. A movimentação das comitivas é muito acelerada e,
portanto, a assessora, num gesto de gentileza e consideração, apenas recebeu o
embrulho e o levou para Embaixada do Brasil para posterior verificação. Na
Embaixada foi constatado que se tratava de um adereço de pescoço, aparentemente,
de fabricação artesanal, um tipo de bijuteria e, em uma espécie de bilhete, havia uma
solicitação (inusitada) para que o embrulho fosse entregue ao, então, Príncipe
Charles e não à D. Michelle. A assessora, então, deixou o pacote nas instalações da
embaixada para que, posteriormente, fossem adotadas as medidas julgadas
pertinentes pelos oficiais diplomatas.


Cabe reforçar que devido ao rigoroso esquema de segurança e das prescrições
ditadas pelo cerimonial dos eventos fúnebres da Rainha Elizabeth II, havia muitas
restrições quanto a circulação e utilização de objetos por parte dos convidados
durante as cerimônias, inclusive quanto ao uso de joias, bolsas ou acessórios que
contivessem ferragens, bem como não era permitido o transporte embrulhos. Nessas
condições, restou inviabilizado o atendimento do pedido por parte de qualquer
membro da comitiva ou da embaixada naquele momento.


Ao que tudo indica, durante os preparativos para o retorno ao Brasil, algum membro
da comitiva responsável pela checagem dos aposentos (ESCAV), teria pegado o
embrulho (que deveria ter ficado na Embaixada) e trazido para o país supondo
pertencer à Primeira-Dama ou a algum outro membro da comitiva que a
acompanhava. Chegando ao Brasil, quando as assessoras receberam o referido
pacote, entregue por um servidor do Planalto, perceberam que fôra trazido por
engano e entregaram-no de volta a um dos diplomatas que servia à Presidência
solicitando que o objeto fosse remetido à Embaixada do Brasil em Londres, via
malote (mala diplomática), para adoção dos procedimentos julgados pertinentes
naquela repartição diplomática.


Desde o momento da entrega do objeto ao diplomata para remessa, as assessoras
ou a sra. Michelle não pediram ou receberam qualquer outra informação sobre o
desfecho do caso, pois consideraram a situação resolvida.


Assessoria de Imprensa