Ministro Rui Costa prestará, hoje, depoimento à CPI do MST

09 de agosto de 2023 às 07:38
Invasões na Bahia

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, presta depoimento nesta quarta-feira (9/8) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com início da oitiva previsto para 14h. No requerimento de convocação, o principal argumento é de que Costa foi governador da Bahia durante períodos em que o MST ocupou terras na região. O estado abriga 218 acampamentos e 156 ocupações do grupo, com mais de 35 mil famílias.

O pedido de convocação foi aprovado no último dia 1º e foi apresentado pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro (PL) e relator do colegiado. No pedido, Salles também afirma que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “parece ser conivente” com invasões coordenadas pelo MS em terras produtivas.

Salles pontua que o tema da reforma agrária abrange diversos ministérios de Lula, entre eles, o da Casa Civil.

Convocação

A convocação de Rui Costa estava na pauta da CPI desde o mês de junho. No entanto, após acordo com governistas, o colegiado adiou a votação do requerimento para este mês de agosto, após o fim do recesso parlamentar. Ao contrário do convite, a convocação obriga o comparecimento do ministro sob pena de crime de responsabilidade em caso de falta sem justificativa. Reação

À comissão, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) afirmou que a convocação “tem pertinência”, porque o MST teria usado de chantagem para nomear indicados no governo.

“É pela Casa Civil que todas as nomeações políticas passam e o que nós temos são indícios de crimes com invasores de terras invadindo a Embrapa para negociar cargos no governo. Utilizando chantagem contra o governo e o governo cedendo a este instrumento de chantagem”, afirmou.

Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, definiu a convocação como “absurda”. “Não tem lógica o ministro da Casa Civil vir falar nessa CPI, que nem tem objeto, para falar sobre nomeações do governo”, afirmou a deputada. “Esse requerimento é um absurdo”. No útimo dia 31, o presidente da CPI do MST, tenente-coronel Zucco, pediu para prorrogar os trabalhos do grupo por mais 60 dias. Normalmente, CPIs só funcionam por até 120 dias, ou seja, a Comissão tem, em tese, que acabar até 14 de setembro.

Fonte: Portal Metrópoles (www.metropoles.com)