Aumenta para oito o número de mortos em desabamento de prédio na Grande Recife
Subiu para oito o número de vítimas fatais do desabamento de um prédio em Paulista, município do Grande Recife. A construção, interditada desde o ano de 2010 e reocupada por grupos de sem-teto, estava interditada e veio abaixo na manhã desta sexta-feira.
Segundo a Secretaria de Defesa Social do Pernambuco, das 20 vítimas do desabamento, além das oito mortes confirmadas até o momento (cinco homens, de 5, 12, 16, 18, 21 e 45 anos, e duas mulheres, de 5 e 43), quatro pessoas foram resgatadas com vida (mas uma delas morreu) e outras cinco seguem desaparecidas.
Em nota, a prefeitura disse ainda que o local é considerado um foco de imóveis que ruíram ou foram interditados pela Defesa Civil. No início de junho, o município afirmou ter tratado do tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a inauguração do prédio do Instituto Federal de Pernambuco. Na ocasião, foi apresentado, segundo a prefeitura, o diagnóstico dos prédios do tipo "caixão", predominantes na Região Metropolitana de Recife. Os prédios do tipo caixão são edificações em que, pela definição técnica, usam “alvenaria resistente na função estrutural”, em vez de concreto armado — ou seja, em que as próprias paredes sustentam a estrutura, sem o uso de vigas ou pilares. Em Paulista, são mais de duzentas construções deste tipo identificadas.
"Na ocasião, o prefeito Yves Ribeiro solicitou providências do Governo Federal, no sentido de encaminhar uma solução definitiva por parte da Caixa Econômica Federal e das seguradoras responsáveis pelos prédios. Foi proposta uma agenda com Lula para uma definição de solução para esse problema crônico ", disse a prefeitura no comunicado.
O GLOBO procurou o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Fonte: Portal O Globo (www.oglobo.globo.com)