Senador Rodrigo Cunha pede debate sobre financiamento à hemodiálise

30 de junho de 2023 às 12:47
POLÍTICA

Fotos: Reprodução Assessoria

Aproximadamente 2 mil alagoanos realizam procedimento de hemodiálise, número que não corresponde ao total de pessoas que possuem doença renal crônica no estado. São pacientes que dependem do tratamento, que consiste na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue para sobreviverem. Cerca de 90% dos doentes renais crônicos realizam hemodiálise através de instituições privadas conveniadas ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Mesmo diante da importância do tratamento, os valores pagos pelo SUS para a realização do procedimento sofrem com reajustes pífios. De 2002 até 2022, o valor pago pelo Ministério da Saúde (MS) pela hemodiálise sofreu um reajuste de apenas 133%, enquanto a inflação oficial no mesmo período foi de 253%. E para piorar a situação, em junho o MS publicou a portaria nº 762 beneficiando financeiramente só as clínicas que menos ofertam hemodiálise.

Diante do cenário preocupante, o senador Rodrigo Cunha (PODE) protocolou requerimento solicitando que a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle do Senado realize audiência pública sobre o assunto. “Queremos ouvir o Ministério da Saúde, secretários estaduais e municipais e entidades que representem os doentes renais crônicos. Estas pessoas não podem ficar sem atendimento e a política do governo federal, ano após anos, não valoriza a importância da hemodiálise para a vida de milhões de brasileiros. Em Alagoas, há milhares de cidadãos que dependem deste procedimento, que enfrentam filas, que viajam diariamente, que passam horas sentados ao lado do equipamento para seguirem vivendo. Estas pessoas não podem ser prejudicadas e, para isso, a política do governo precisa ser revista”, afirmou Rodrigo Cunha.

A doença renal crônica é uma das principais causas de morte no país, com 40 mil novos doentes ao ano. Estima-se que no Brasil mais de 140 mil pacientes renais estão fazendo terapia renal substitutiva (TRS). Ou seja, quando os rins atingem 85% de comprometimento, os pacientes precisam realizar hemodiálise ao menos três vezes por semana até que a pessoa possa fazer um transplante renal. Mas muitos não conseguem e permanecem em diálise por anos.

Fonte: Assessoria