Estudo revela que ficar na beira do fogão é pior do que fumar por tabela
Fogões a gás liberam quantidades preocupantes de benzeno, uma substância química ligada à leucemia e outros tipos de câncer de células sanguíneas, de acordo com um novo estudo de pesquisadores de Stanford (EUA).
Dados Interessantes:
- O benzeno que os fogões a gás liberam dentro das residências pode atingir concentrações ainda maiores do que as típicas de quando você fuma por tabela;
- A descoberta consta num artigo, escrito por pesquisadores de Stanford (EUA), publicado recentemente na revista Environmental Science & Technology;
- A substância é mais potente do que a maioria dos outros carcinógenos em níveis de exposição mais baixos, segundo uma especialista;
- Já os fogões de indução não produziram nenhuma quantidade mensurável de benzeno, segundo o estudo;
- O artigo também apontou que os fogões elétricos podem emitir quantidades muito menores de benzeno.
O benzeno que os fogões a gás liberam dentro das residências pode atingir concentrações ainda maiores do que as típicas do fumo passivo – isto é, quando você fuma por tabela – de acordo com o artigo publicado recentemente na revista Environmental Science & Technology. O estudo adiciona munição aos esforços para eliminar gradualmente as conexões de gás de residências e edifícios. Há um crescente corpo de evidências sobre os riscos que os fogões a gás representam para a saúde pública e o meio ambiente.
A indústria de combustíveis fósseis, no entanto, resistiu fortemente às políticas de mudança para energia limpa, aproveitando o apego das pessoas aos fogões a gás.
“Ver as concentrações de poluentes aumentarem tão rapidamente em minha própria casa e pensar sobre isso ocorrendo dia após dia foi uma motivação para mudar”, disse Rob Jackson, professor de Stanford e investigador principal desta pesquisa, numa coletiva de imprensa. Ele contou que a pesquisa o levou a se livrar de seu fogão a gás depois de testar os métodos do estudo em sua própria casa.
O benzeno se forma em chamas e as pessoas são frequentemente expostas a ele pela fumaça do tabaco, incêndios florestais e emissões de escapamento. E ele é uma causa química poderosa de leucemia, de acordo com a hematologista e oncologista Jan Kirsch, que também participou da coletiva de imprensa.
Ela observou que o benzeno é mais potente do que a maioria dos outros carcinógenos em níveis de exposição mais baixos.
“A ideia obviamente não é causar pânico. A ideia é que existem riscos e queremos reduzi-los”, disse Jan Kirsch, hematologista e oncologista, em coletiva de imprensa.
Fonte: Site Olhar Digital (www.olhardigital.com.br)