Soldado americano vai a julgamento por tentar ajudar o EI a emboscar os próprios colegas

16 de junho de 2023 às 07:30
Terrorismo

Foto: Reprodução Internet

Um militar norte-americano se declarou culpado perante uma corte dos EUA, na quarta-feira (14), de tentar ajudar o Estado Islâmico (EI) a matar os próprios colegas soldados. Ele será sentenciado pelo juiz em novembro, e a pena máxima prevista é de 40 anos de prisão.

Identificado como Cole Bridges, o soldado de 22 anos começou em 2019 a consumir conteúdo extremista online, voltado a difundir a jihad e sua ideologia violenta. Através de redes sociais, manifestou simpatia pelo EI, o que levou o FBI, a polícia federal norte-americana, a colocá-lo sob observação.

No ano seguinte, 2020, os federais designaram um agente para entrar em contato com Bridges fingindo ser um representante do EI. O militar, então, cometeu uma série de crimes que permitiram às autoridades prendê-lo.

Nas conversas que manteve com o agente disfarçado, Bridges manifestou sua frustração com as forças armadas norte-americanas e seu desejo de apoiar o EI. Então, passou a fornecer ao federal, que ele acreditava ser um terrorista, informações que poderiam ajudar o grupo extremista a atacar os EUA.

Ele forneceu conselhos sobre alvos em potencial na cidade de Nova York e repassou inclusive um manual de treinamento do exército com táticas de combate. Cerca de dois meses após o início do contato, passou instruções sobre a melhor maneira de atacar as forças norte-americanas no Oriente Médio, sugerindo inclusive manobras militares específicas que aumentariam o sucesso da operação.

Como prova de seu apoio ao EI, o soldado gravou um vídeo no qual exibe uma bandeira da organização jihadista. E, com um software de manipulação de voz, narrou um discurso de propaganda exaltando o sucesso da suposta ação terrorista contra as tropas.

Preso, ele foi levado a julgamento por dois crimes: oferecer suporte material ao EI, que prevê pena de 20 anos de prisão, e tentar assassinar membros das forças armadas norte-americanas, com pena também de 20 anos. Segundo o Departamento de Justiça, a sentença será anunciada pelo juiz Lewis J. Liman em 2 de novembro.

Fonte: Site A Referência (www.areferencia.com)