Projeto de testagem gratuita e anônima de drogas ilegais é lançado em Berlim

12 de junho de 2023 às 12:36
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Imagem Ilustrativa. Foto: Reprodução Getty Images

O governo de Berlim anunciou nessa terça-feira (07) um novo projeto para lidar com o consumo de drogas ilegais e reduzir o risco de overdoses e intoxicações: a testagem gratuita das substâncias, com a garantia de anonimato de quem solicitou o serviço. Moradores da capital alemã poderão checar composição e pureza de substâncias antes de consumi-las. Objetivo do governo é esclarecer usuários para que tomem decisões conscientes, reduzir riscos e identificar tendências. Além de evitar overdoses e intoxicações.

Adultos que moram na capital alemã poderão levar amostras de drogas a três centros de aconselhamento para terem sua composição e pureza testados em um laboratório público. Em até três dias, a análise fica pronta e pode ser comunicada por telefone ou pessoalmente. Podem ser checadas drogas como maconha, ecstasy, speed, cocaína e LSD, entre outras.

Os resultados são informados por profissionais especializados em dependência química, que explicam o laudo do laboratório e respondem dúvidas. Além disso, espera-se que a política de saúde ajude o governo local a identificar tendências de consumo e produtos contaminados, evitando overdoses acidentais e intoxicações. A estratégia vem sendo planejada há anos e já vinha sendo testada há algumas semanas.

 "Na nossa opinião, a checagem de drogas é positiva se pudermos evitar danos à saúde e se alcançarmos usuários de drogas que, de outra forma, não conseguiríamos alcançar ou chegaríamos a eles tarde demais", afirmou Tibor Harrach, diretor farmacêutico da iniciativa, à rádio pública RBB.

As primeiras iniciativas para testagem de drogas em Berlim datam de meados da década de 90, quando a Love Parede atraía milhares de participantes todos os anos e uma associação civil passou a oferecer o serviço, que depois foi proibido. Outros países, como Áustria e Suíça, têm projetos de testagem de drogas semelhantes há décadas.

 

Fonte: Uol