Estudo sugere que estrogênio oral na menopausa aumenta o risco de desenvolver pressão alta

07 de junho de 2023 às 12:08
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Imagem Ilustrativa. Foto: Reprodução Getty Images

Um estudo descobriu que a terapia hormonal com estrogênio oral para a menopausa pode estar ligada a um risco aumentado de desenvolver pressão alta em comparação com o estrogênio transdérmico e vaginal. O trabalho, publicado nesta segunda-feira (5) na revista científica Hypertension, da Associação Americana do Coração, envolveu mais de 100 mil mulheres com 45 anos ou mais que faziam terapia hormonal com estrogênio em forma de pílula. As participantes do estudo, todas do Canadá, preencheram pelo menos duas prescrições consecutivas (um ciclo de seis meses) para terapia hormonal apenas com estrogênio oral, transdérmico ou por aplicação vaginal.

As mulheres utilizaram as duas formas mais comuns de estrogênio: o estradiol, uma versão sintética que se assemelha ao estrogênio produzido naturalmente no corpo durante a pré-menopausa, e o estrogênio equino conjugado, uma forma mais antiga derivada de animais, amplamente usada na terapia hormonal. Ao final, os pesquisadores constataram que mulheres que faziam terapia oral com estrogênio tinham risco 14% maior de desenvolver pressão alta em comparação com aquelas que o consumiam pela via transdérmica.

Em comparação com as mulheres que usavam cremes ou supositórios de estrogênio vaginal, as que consumiam o hormônio oral tiveram um risco de hipertensão ainda maior: 19%. Os autores do trabalho também encontraram uma forte associação entre a pressão alta e o estrogênio oral entre mulheres com menos de 70 anos, em comparação com as que tinham mais de 70 anos.

Porém, os autores salientam que há evidências de que iniciar essa terapia hormonal nos estágios iniciais pode trazer benefícios cardiovasculares, o que não ocorre quando ela é feita tardiamente.

 

Fonte: R7saúde