Sindhospital lamenta atrasos nos pagamentos por parte do governo estadual: "penaliza a população alagoana"

31 de maio de 2023 às 16:54
Polêmica

Foto: Reprodução

Por redação

Os associados do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Alagoas (Sindhospital) emitiu, nesta quarta-feira (31), uma nota lamentando a falta de pagamento à profissionais da Saúde do estado por parte do governo de Alagoas.

De acordo com o comunicado do sindicato, a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) atrasou os pagamentos dos incentivos Promater e Mais Saúde para os hospitais privados e filantrópicos.

"Tal situação penaliza a população alagoana que depende do Sistema Único de Saúde (SUS) e conforme dados do Ministério da Saúde, referentes ao ano de 2022, as redes privada e filantrópica de Alagoas responderam por 67%, ou seja, 139,7 milhões dos procedimentos hospitalares pelo SUS, contra 33% (66,8 milhões) da administração pública", informou a nota.

Além disso, o Sindhospital também informou que há o risco dos hospitais suspenderem serviços devido à impossibilidade financeira de efetuar os pagamentos aos médicos responsáveis.

"Ambos os programas de incentivo funcionam com recursos do Fundo Estadual de Saúde (FES) para hospitais que atendem pelo SUS. No caso de alguns hospitais, o repasse por parte do Governo do Estado de Alagoas não acontece há dez meses", afirmou em nota.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO 

Os associados ao Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Alagoas (Sindhospital), abaixo nominados, vêm externar uma situação extremamente delicada provocada pelo atraso no pagamento dos incentivos Promater e Mais Saúde, por parte da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), aos hospitais privados e filantrópicos.

Tal situação penaliza a população alagoana que depende do Sistema Único de Saúde (SUS) e conforme dados do Ministério da Saúde, referentes ao ano de 2022, as redes privada e filantrópica de Alagoas responderam por 67%, ou seja, 139,7 milhões dos procedimentos hospitalares pelo SUS, contra 33% (66,8 milhões) da administração pública.

Sem o repasse, os dirigentes dos hospitais temem a suspensão dos serviços à população porque estão  impossibilitados financeiramente de efetuar os pagamentos dos médicos, dos empregados, fornecedores e encargos. 

Os hospitais privados e filantrópicos são os maiores responsáveis pelas cirurgias eletivas de média e de alta complexidade no Estado e o atraso dos repasses compromete a compra de insumos e alimentação a fim de atender a demanda diária das unidades de saúde.

Ambos os programas de incentivo funcionam com recursos do Fundo Estadual de Saúde (FES) para hospitais que atendem pelo SUS. No caso de alguns hospitais, o repasse por parte do Governo do Estado de Alagoas não acontece há dez meses.

O setor lamenta a situação, mas, devido ao seu compromisso com os alagoanos, se viu na obrigação de compartilhar tal situação.

Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Alagoas 

(Sindhospital) 

Liga Alagoana contra a Tuberculose - Hospital Sanatório

Santa Casa de Misericórdia de Maceió

Hospital Veredas

Santa Casa de Misericórdia de São Miguel dos Campos

Santa Casa de Misericórdia de Penedo

Hospital Vida 

São Vicente de Paula – União dos Palmares

Casa de Saúde Santo Antônio

Hospital Médico Cirúrgico de Alagoas

Maceió (AL), 31 de maio de 2023.