Ex-premiê do Paquistão tem prisão preventiva decretada por acusação de corrupção
O ex-premiê do Paquistão Imran Khan foi indiciado nesta quarta-feira (10) sob a acusação de ter vendido ilegalmente presentes do Estado durante seu mandato, de 2018 a 2022, informou a emissora local Geo News. Ele foi preso nesta terça (9), em operação que desencadeou protestos violentos em todo o país.
Segundo as autoridades, o indiciamento foi baseado em decisão da Comissão Eleitoral do Paquistão de outubro passado, que considerou Khan culpado por corrupção e o proibiu de ocupar cargos públicos. Ele nega qualquer irregularidade.
O ex-premiê foi levado a um tribunal da capital do Paquistão, Islamabad. Em audiência a portas fechadas, os promotores primeiro pediram 14 dias de prisão preventiva para Khan, mas depois diminuíram o período para oito dias, em prazo que poderá ser prorrogado.
A prisão de Khan aconteceu após meses de crise política no Paquistão e depois que o ex-premiê acusou os militares de envolvimento em um complô para assassiná-lo. A operação levou centenas de apoiadores do político a bloquear ruas e rodovias pelo país.
Em novembro, o ex-premiê foi baleado durante um protesto em que exigia eleições antecipadas.
Fonte: Folhapress