Alexandre Lino caracteriza como “natural” apoio de políticos à sua candidatura ao SindJornal

Por redação

O candidato à presidência do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (SindJornal), Alexandre Lino, disse que a greve contra o corte no piso salarial da categoria em Alagoas, realizado em 2019, causou impactos negativos nos jornalistas. A declaração foi feita durante uma entrevista concedida ao jornalista Berg Morais, no quadro Ponto de Vista, na TV Farol, na noite desta sexta-feira (05).

“A greve [dos jornalistas], ela foi ruim, ela foi ruim pra quem ficou e pra quem saiu. Pra quem ficou porque o clima nas redações não foi bom. Foi triste, muito triste, os colegas de dividiram”, declarou o jornalista.

Apesar disso, Alexandre reconheceu que o episódio em si foi “bonito”, mas que o resultado da greve, apesar do sucesso em barrar o corte salarial da classe, foi negativo.

“Imagina você voltar depois de uma greve que foi muito bonita, mas o resultado dela, na prática, não foi bom”, disse Lino, comentando que jornalistas aderentes à greve tiveram que “recomeçar a carreira”, se referindo às retaliações realizadas por alguns veículos de imprensa alagoanos.

A fala de Lino foi uma crítica à atuação do SindJornal, acusando o órgão de não ter apoiado os jornalistas que foram demitidos após a greve. Ao elaborar sobre o SindJornal sob seu comando, Lino disse que o sindicato deve providenciar auxílio aos jornalistas.

Ao ser questionado sobre o apoio de políticos à chapa “Outras Palavras”, além de preocupações sobre possíveis interferência de grupos políticos na gestão do SindJornal, Lino brinca ao dizer que “não é candidato a vereador” e critica sua chapa rival “Renovar e Reconquistar Direitos”, afirmando que membros do grupo “sempre estão” participando de eleições.

“Ela [a chapa Renovar e Reconquistar Direitos] conhece bem como é que funciona e como funciona esse instrumento das eleições, na outra chapa sempre tem alguém assim que sempre está presente”, acusou.

Apesar disso, Lino declarou que a política é algo que “não deve ser afastado da sociedade”, afirmando que o cargo de presidente do SindJornal é uma função política.

“Ele [presidente do SindJornal] é um cargo político, o presidente do Sindicato dos Jornalistas é eleito pela categoria, ele tem mandato, o jornalista escolhe quem vai ser o presidente”.

Ao elaborar sobre o apoio de políticos, o candidato disse ter bom relacionamento com parlamentares alagoanos, entre vereadores, deputados, senadores e o governador estadual e disse não ver problemas em receber o apoio.

A entrevista foi realizada no programa Farol Notícias, que vai ao ar de segunda a sexta-feira a partir das 17h nas emissoras dos grupos Farol e Francês de comunicação e no canal 16 da TV Farol.