Dino rebate discurso homofóbico, dá aula sobre gestão de Segurança e faz Alfredo Gaspar passar vergonha

29 de março de 2023 às 12:00
DURANTE CCJ

Foto: Reprodução Internet

Por Berg Morais 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, deu uma verdadeira lição sobre o verdadeiro papel dos gestores de segurança pública ao deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil), durante reunião da CCJ, nesta quarta-feira (28), na Câmara Federal. Dino destacou que não atua como “justiceiro”, nem faz “espetáculos” com as ações da pasta que ocupa. 

A fala de Dino é referente a atuação de Alfredo Gaspar enquanto secretário de Segurança Pública de Alagoas na gestão do ex-governador e agora ministro do governo petista, Renan Filho (MDB). À época, Gaspar foi acusado de usar o cargo para promoção pessoal e política, divulgando as operações que realizava e expondo os “alvos” nas redes sociais. 

“Claro que eu não sou justiceiro. O senhor perguntou sobre tiro, bomba. Não! Não é o meu papel. Isso é problema de quem vê muito filme de Netflix. Eu sou ministro da Justiça. Então, não é meu papel tratar disto”, destacou o membro do primeiro-escalão do governo Lula (PT).

Flávio Dino também retrucou a fala de Gaspar sobre corrupção e enfatizou que o fato de divulgar a prisão de indivíduos que chegaram a ser abordados em operações policiais também é um tipo de corrupção. 

“Nós fazemos muitas operações contra corrupção todos os dias. O senhor sabe o que mudou? A gente não faz mais espetáculo com a dignidade das pessoas. Nós prendemos as pessoas e a gente não divulga porque isso é corrupção. Isso é corromper o combate à corrupção”, disparou o ministro da Justiça.

Um dos momentos que mais chamou atenção foi quando Dino respondeu ao questionamento homofóbico colocando em dúvida o real interesse do deputado em relação a sua masculinidade. “O senhor me pergunta se eu tenho muita macheza. Se o senhor está interessado nesse assunto, eu informo que não estou interessado nesse assunto. Sobre esse aspecto informo ao senhor: eu não tenho medo de ninguém e nem de nada”, disse o ministro.