Dois pesos e duas medidas: Sinteal critica Prefeitura e omite falhas do Estado

24 de março de 2023 às 16:49
Crítica Seletiva

Foto: Reprodução Redes Sociais

Da Redação

Chamou atenção, nesta sexta-feira (24), a movimentação do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) em suas redes sociais. Em um vídeo publicado durante a jornada pedagógica promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), uma liderança do sindicato foi enfática ao cobrar o prefeito JHC, sugerindo que o gestor não estaria cumprindo acordos firmados com a categoria.

De acordo com o vídeo, os salários estariam defasados, faltaria ainda cumprir enquadramentos, entre outras queixas. Durante o evento, representantes do sindicato expuseram cartazes e faixas contrárias à gestão JHC e destacaram que a educação municipal, na prática, não seria condizente com o que é publicado nas redes sociais oficiais da Prefeitura de Maceió.

Dois pesos e duas medidas

O que também chamou atenção de muitas pessoas que assistiram ao vídeo foi o silêncio seletivo do Sinteal em relação ao caos vivido na Educação Estadual. O leitor atento do AL102 já acompanhou em nosso site a constrangedora e cruel saga imposta aos trabalhadores da educação do estado de Alagoas. 

Está cabendo à atual gestão da Educação em Alagoas administrar insatisfações herdadas do ex-secretário e atual deputado federal Rafael Brito (MDB), que vão desde professores que tiveram seus contratos sumariamente cancelados, até as reivindicações de muitos alunos e ex-alunos que não receberam um centavo sequer do alardeado Bolsa Escola 10.

O concluinte do ensino médio Franklin Correia, por exemplo, que até hoje não recebeu o valor do Bolsa Escola 10 que lhe é devido, ao usar as redes sociais e adjetivar o governador Paulo Dantas como “véaco” ganhou imediato apoio de milhares de pessoas, mas não recebeu qualquer manifestação de solidariedade por parte do Sinteal.

Feitas as devidas reflexões, nos sobra o questionamento: O que falta ao Sinteal para mobilizar seus filiados a se contrapor ao quadro alarmante que aflige milhares de educadores e estudantes da rede estadual? 

Aguardamos por respostas.