Ministro do TSE acata pedido da defesa de Bolsonaro e adiciona cinco depoimentos em investigação que pode tornar o ex-presidente inelegível
Por redação
o corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, incluiu, nesta segunda-feira (20), mais cinco depoimentos em ação que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de tentar aplicar golpe de Estado no Brasil.
Ação vem uma semana após Benedito ouvir o ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres, acusado de participar do suposto esquema após a Polícia Federal (PF) encontrar a chamada "minuta do golpe" em sua casa.
No caso, o ministro do TSE acatou um pedido da defesa do ex-presidente brasileiro, e a investigação irá ouvir depoimentos do deputado federal Filipe Barros (PL-PR), o ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO); os jornalistas Guilherme Fiuza e Augusto Nunes; e a comentarista política Ana Paula Henkel.
Com isso, o caso do ex-mandatário não deve ser julgado antes de maio, quando o ministro Ricardo Lewandowski se aposenta. A defesa de Bolsonaro espera por mudanças favoráveis na corte após a saída de Lewandowski, com o objetivo de facilitar o julgamente para o ex-presidente.
A realização de novas diligências por parte do TSE é vista internamente como uma forma de blindar o caso de eventuais alegações de que o processo não estaria devidamente instruído. O alongamento do prazo para que a ação seja julgada frustra as expectativas de integrantes do PT, que preferia que o caso fosse julgado com a presença de Lewandowski na composição. Com a saída dele, a vaga será ocupada por Nunes Marques.